Na avaliação do presidente afastado da Assembleia Legislativa, Mato Grosso precisa ser mais ousado e não ficar esperando a investimentos do governo federal para desenvolver a infraestrutura de transportes. A afirmação se refere à proposta apresentada por Riva ao ministro dos transportes Cesar Borges de implantação de uma ferrovia ligando Mato Grosso ao Pará.

Acompanhado de comitiva de deputados estaduais e parlamentares federais, além do governador Silval Barbosa (PMDB), o deputado estadual pediu ao governo a inclusão do projeto no Plano Nacional Ferroviário (PNF) e defendeu a adoção de uma Parceria Público Privada (PPP) para execução do empreendimento.

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Segundo José Geraldo Riva, o governo estadual não deve contar apenas com recursos do programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e com a boa vontade do governo para executar o PNF. Ele garante que a nova ferrovia, que ligará Água Boa a Barcarena (PA), é viável para uma PPP.

Riva lembra ainda que inúmeros grupos estrangeiros já demonstraram interesse em investir pesadas quantias em trilhos para garantir o escoamento da produção agropecuária pelos portos da região norte.

“Já recebemos propostas de norte-americanos, de chineses e sul coreanos interessados em fazer parcerias público privadas com o Estado. Mato Grosso não precisa ficar preso a esse plano nacional. Projetos como a Fico (Ferrovia de Integração do Centro-Oeste) e a Ferronorte contemplam Mato Grosso. Mas Mato Grosso precisa ser mais audacioso nestas parcerias público privadas”, destaca.

Pela viabilidade
O governador Silval Barbosa apoia a ideia de captar recursos com investidores interessados no modelo de concessão ferroviária. Segundo Silval, há empresários do Brasil e do exterior interessados nesta ferrovia pelo potencial de toda a região, tanto na agricultura quanto em minérios.

“Hoje a vantagem do modelo de PPP através de concessão é que não há espera nem dependência do orçamento público. Quando se trabalha uma concessão, vem a iniciativa privada com apetite para investir, desde que seja projeto viável, que tenha viabilidade e isso não onera o PAC ou o orçamento público”, conclui.

Apresentado o projeto, técnicos do Ministério dos Transportes vão analisar a inclusão dele no PNF. Caso seja concretizada, a ferrovia, com traçado de 1,6 mil Km, poderá beneficiar mais de dois milhões de pessoas em 20 municípios dos dois estados.