O senador Jaime Campos (DEM-MT) critica a falta de interesse da Petrobrás em permitir que empresas explorem campos de gás não convencional recentemente descobertos na região de Campo Novo do Parecis, em Mato Grosso, na divisa com Rondônia.
O senador lamenta a burocracia da superestatal energética e diz que o ideal é que qualquer cidadão possa concorrer ao processo licitatório e fazer investimentos.
Leia mais:
Jaime alerta Inteligência sobre atuação de grupos anarquistas em manifestações
Nova rodada de licitação de petróleo e gás dará fôlego a empresas em dificuldade, diz ANP
“O que nós queremos é que essa riqueza seja explorada e que não só Mato Grosso possa ser beneficiado, mas o Brasil e o centro-oeste, mas a Petrobrás interfere e dificulta qualquer investimento. Até o (prefeito) Mauro Mendes entrou em concorência com a Petrobrtás e perdeu por 30 mil reais. Isso não pode, queremos que abram o mercado para quem quiser explorar”, afirmou ao
Olhar Direto.
De acordo com o parlamentar, existe uma oferta enorme de gás a ser explorado também em Juína, Arenápolis, Nova Marilândia, Sapezal, Tapurah, Nova Maringá, São José do Rio Claro e Diamantino, já tendo sido ainda constatada, durante a pesquisa, a gás no rio Teles Pires, na região de Lucas do Rio Verde.
“Então por que vamos comprar gás da Bolívia se nós podemos explorar o produto que está em território nacional”, questiona.
Para a exploração do recurso, o Ministério de Minas e Energia autorizou a oferta em leilão de 240 blocos, 14 dos quais estão na Bacia Parecis. Segundo a ANP, a área tem 13 mil quilômetros quadrados de extensão e o volume total da rocha é de quase 1.200 quilômetros cúbicos. A espessura média da área a ser explorada tem 92 metros, numa profundidade que varia de 1.500 a 2.400 metros.