O deputado Homero Pereira (PSD) inicia na semana que vem bateria de exames no hospital Círio Libanês, em São Paulo, para avaliar os efeitos do tratamento a base de quimioterapia no combate a câncer. Caso seja orientado pela equipe médica a se afastar do mandato, será aberto processo sucessório para ocupação de sua cadeira por um suplente.

O deputado já manifestou certo constrangimento pelo fato de estar com licença médica, o que dispensa que sua vaga seja preenchida por outro parlamentar.

“Eu é que estou ficando em uma situação desconfortável. Em Mato Grosso nós só temos oito deputados e desde fevereiro só temos sete, porque não tenho atuado. Eu pessoalmente tenho estado muito angustiado por esta burocracia. Estou focado na minha recuperação”, afirmou.

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Caso Homero confirme seu afastamento, assumirá a vaga o secretário da Educação Ságuas Moraes (PT), que enfrenta um dos períodos mais turbulentos de sua gestão com a greve dos professores que chega a três semanas de duro embate.

“Se eu por acaso não voltar, ele assume por ser o segundo suplente. É o secretário de educação. É prerrogativa dele. Ele está em primeiro na linha sucessória. Se eu tomar esta decisão, ele será comunicado pela Câmara para num prazo de 30 dias saber se ele vai assumir o mandato ou não”, afirmou Homero.

Procurado pelo Olhar Direto para se manifestar a respeito da possibilidade de reassumir um mandato de parlamentar federal, Ságuas Moraes afirmou que não largaria a Secretaria para ficar apenas quatro meses na Câmara porque “só gostaria de assumir o mandato se ele fosse por inteiro”.

A segunda na sucessão é a ex-senadora Serys Slhessarenko, que trocou o PT pelo PTB, de Chico Galindo e Luiz Antônio Pagot – numa atitude considerada como traição pela ala petista ligada ao ex-presidente regional do PT Carlos Abicalil, seu desafeto.

Serys não acredita que ainda haja qualquer resistência por parte de grupos do PT para que ela assuma o mandato. No entanto, Serys prefere torcer pela recuperação de Homero, a quem nutre grande respeito e admiração.

“O Homero é um grande nome. Tem um grande capital como parlamentar. Se ele precisar, tem que tirar mais quatro meses de licença. O mais importante é a saúde dele. Eu torço pela plena recuperação dele e que ele volt mais forte no ano que vem”, afirmou ao Olhar Direto.