Em luto durante toda quinta-feira (5) na Grande Cuiabá, por conta do acontecido com o companheiro de trabalho, Mário Rosa Filho, 58, morto após uma corrida combinada com jovens que partiram de Cuiabá e no final do trajeto, em Várzea Grande, o mataram com dois tiros na cabeça, taxistas acompanharam o sepultamento que aconteceu no Cemitério Parque Bom Jesus de Cuiabá. 

Taxista é executado com dois tiros na cabeça depois de reagir a assalto
Polícia Civil registra noite violenta com três assassinatos na Grande Cuiabá

Vários motoristas, aproximadamente 150 carros, seguiram em cortejo por uma das principais avenidas de Cuiabá, Fernando Correia, com a palavra luto em seus para-brisas. Todos os taxistas pediam a mesma coisa para as forças de segurança estadual. “Nós queremos lembrar aos policiais, secretários e governador que nós também temos família e pagamos impostos e merecemos sermos revistados e parados em blitz”, comentou Antonino Moura da Silva, 53 anos de vida e 28 de profissional.

A morte do taxista mobilizou a todos parentes, familiares e amigos, que lembraram as várias situações que a vítima já tinha passado. “Se você perguntar aqui, todos já sofreram algum tipo de violência enquanto trabalhava. Pelo que sei essa não era a primeira vez que Mário (Rosa Filho) tinha sofrido algum assalto. Se a segurança se reforçasse em blitz e revistas, principalmente em bairros considerados violentos, a nossa categoria não estaria aqui brigando por motivos que são obrigatórios dos governantes oferecerem para nós”, desabafou um parente da vítima, que preferiu não se identificar.

Seo Cirino Ribeiro da Silva, 52, sofreu cinco assaltos em 20 anos e disse que em uma das vezes os ladrões levaram a chave de seu carro e ainda o agrediram antes de fugirem. “Às vezes a gente passa perto de blitz e nenhum policial nos para. Se houvesse uma revista minuciosa em taxistas com passageiros, casos como o dessa noite passada já teria evitado”, comentou Cirino.