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Decretada prisão de delegado João Bosco e mais cinco policiais

06 Set 2013 - 17:59

Da Redação - Max Aguiar e Laura Petraglia

Foto: Max Aguiar - OD/Ilustração

Decretada prisão de delegado João Bosco e mais cinco policiais
Foi decretada a prisão preventiva de seis policiais civis, incluindo novamente a volta para a cadeia do delegado João Bosco Ribeiro e sua esposa, investigadora Gláucia Alt por associação ao tráfico. A ação penal com denúncia criminal foi proposta pelo Minstério Público Estadual, por meio do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).


Segundo informações Gaeco, quando a Operação Abadom foi decretada, apenas o delegado e a esposa foram presos, agora mais outros quatro agents investigativos.  Os mandados de prisão foram entregues à Corregedoria da Polícia Civil, para que a própria instituição cumpra as prisões, porém, Bosco e esposa não foram presos.

Segundo relato dos Promotores que atuaram no caso, o Delegado de Polícia João Bosco Ribeiro de Barros juntamente com sua esposa Gláucia Cristina Alt (Investigadora de Polícia), atuando em conjunto com o denunciado Anderson Nascimento Gonçalo, agiram mediante recebimento/promessa de vantagem indevida no intuito de darem proteção e cobertura à atividade criminosa desencadeada pelo traficante de drogas Marco Antônio da Silva, também conhecido como Neném.

Com a prisão preventiva decretada pela juíza da Vara de Combate ao Crime Organizado, Selma Rosane Santos Arruda, os agentes e o delegado serão encaminhados para o prédio da Gerência de Operações Especiais (GOE). Quando a operação foi decretada, 11 membros da quadrilha foram detidos. 

O líder do grupo, conhecido como Neném, estava foragido e foi preso em São Luiz do Maranhão, em uma festa sertaneja onde curtia junto com sua esposa. 

A Polícia Civil colocou no inquérito que o delegado estava mantendo ligações com participantes do crime organizado. Bosco reconheceu sua voz em uma ligação com um procurado da polícia, mas se defendeu dizendo que o homem era corretor de imóveis e os valores tratados durante a ligação seria uma relação comercial, onde estaria em questão um imóvel e um veículo do delegado.

De acordo com os promotores que atuaram no caso: “O trabalho investigativo da Polícia Judiciária Civil informa com tranquilidade que o traficante de entorpecentes marco antônio, bem como parte de seu núcleo de associados, lograram obter do Delegado de Polícia João Bosco e de sua companheira, a Investigadora de Polícia gláucia cristina, a promessa de proteção às atividades criminosas, com a promessa de pagamento de propina a referidos servidores, sendo que durante as investigações também surgiu no cenário criminoso os Investigadores de Polícia lotados na derf que de forma vergonhosa sequestraram um funcionário do traficante marco antônio e exigiram deste a quantia de R$ 180.000,00 para a liberação de seu funcionário.Neste momento fica claro que referidos servidores além de desvirtuarem sua atuação funcional, atuaram de forma criminosa perante a sociedade, que espera dos Poderes Constituídos o cumprimento de seus deveres com respeito à sociedade”.

Completam ainda os Promotores que “referidas atitudes são e sempre serão veementementes apuradas para que criminosos vinculados ao Estado sejam punidos de forma exemplar , visando evitar que a impunidade sirva como elemento a fomentar a prática de ilícitos na sociedade matogrossense”.

O outro Lado

A defesa do delegado Bosco, o advogado Paulo Zamar Taques, disse que a decisão da juíza foi ‘esdrúxula e muito mais para atender o um clamor social do que para fazer justiça’. Segundo ele, o pedido de prisão preventiva do Ministério Público Estadual foi estendido a todos que possuem cargos públicos com a ‘desculpa’ de mantê-los afastados e por denúncias de ameaças aos envolvidos nas investigações.

“O Ministério Público alega que eles poderiam interferir nas investigações, mas eles estão afastados do serviço, então isso não procede. Outro ponto alegado pelo MPE é que existem notícias de ameaças aos envolvidos na investigação, mas ninguém prestou depoimento, não há comprovação”, disse.

Taques afirma que na segunda-feira irá pedir a revogação da prisão com base na fragilidade das argumentações do Ministério Público e no amparo da decisão da juíza.


Atualizada às 18h45 E 18H48 e 18h56

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