Após ter acesso a uma pesquisa interna da Polícia Militar em que 59% da corporação é contra a troca de fardamento, o deputado estadual Walter Rabello (PSD) comparou a mudança de uniforme ao escândalo das "Land Rovers", no qual a Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) adquiriu irregularmente viaturas especiais para o monitoramento da fronteira. A compra acabou sendo cancelada pelo Ministério Público e o dinheiro gasto precisou ser devolvido aos cofres públicos.

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"Tem coisa errada. Como é que você atende a minoria? Não faz sentido isso. Estão atendendo o interesse de quem? Do policial não é. Já tivemos o Land Rovers, agora é o cado das Land Fardas", questionou o parlamentar. Rabello questiona a verba gasta com o novo fardamento, que segundo o Comando Geral seria de menos de R$ 4 milhões, enquanto ao deputado já teria chegados valores de até R$ 11 milhões.

"Por que vão gastar todo ese dinheiro?", questionou. Ainda segundo ele, o gasto poderá ser dobrado, uma vez que a nova cor escolhida é a mesma da utilizada pela Aeronáutica. "Eles já falaram que se Mato Grosso usar essa cor eles irão entrar na Justiça. Eles só não tiram essa cor de São Paulo pelo tempo que se usa essa farda lá".

A Polícia Militar de Mato Grosso trabalha na troca dos fardamentos desde 2010, quando foi iniciada uma pesquisa sobre o tema. Desde então uma comissão formada por oficiais se baseou em duas monografias para analisar a necessidade de uma nova roupagem à PM.

A nova cor, cinza bandeirantes, seria mais adequada ao clima de Mato Grosso, assim como o novo tecido. Conduto, um dos principais motivos seria para a população deixar de ver a PM como um órgão intimidador. Cada homem da Polícia Militar, de policial a coronel, recebeu dois conjuntos operacionais, composto por gandola, calça, camiseta, cinto, cobertura (gorro) e coturno.

Ele também afirma que o policial poderá sentir-se desmotivado a sair para rua com o novo fardamento, o que reflitiria negativamente na segurança pública.