Ao melhor estilo enceradeira, a CPI das Empreiteiras requerida pelo deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (DEM) ‘roda, roda, roda’, mas não sai do lugar. A esperada ‘liberação’ da bancada do PSD para assinar ou não a CPI, prevista para ocorrer nesta terça-feira (17/09), não aconteceu; e a ausência da deputada Luciane Bezerra (PSB) praticamente tiraram o foco da Comissão Parlamentar de Inquérito.

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“Existem , sim, algumas questões que devem ser esclarecidas, porque são preocupantes. E, por isso, pedimos informações ao Poder Executivo, para esclarecimentos”, observa o deputado José Riva (PSD), presidente afastado da Assembleia.

Desde a reunião em sua residência há 10 dias até a sessão desta terça-feira, Riva tem defendido que o PSD aguarde as respostas do governo antes de se decidir em apoiar ou não a criação da CPI das Empreiteiras na Assembleia. A questão é que os questionamentos não vão ter respostas em menos de 15 dias úteis.

O vice-governador Chico Daltro, presidente estadual do PSD, liberou a bancada para decidir sobre a CPI.
Em entrevista anterior para a reportagem do Olhar Direta, o governador Silval Barbosa (PMDB) preferiu se limitar a dizer que não existem irregularidades nos contratos com empreiteiras em Mato Grosso e que é competência da Assembleia e dos deputados decidirem se é necessário ou não realizar uma CPI.

“Considero que não há necessidade [da CPI], até porque as informações são públicas, os contratos foram investigados pela Auditoria do Estado e o Tribunal de Contas do Estado, que analisa ano a ano todas as contas e contratos do Poder Executivo”, argumenta Barbosa.

O líder do PSD na Assembleia, deputado Walter Rabello Júnior, concorda com Riva: espera o resultado de pedidos de informações endereçado ao governo do Estado e suas Secretarias, principalmente a de Transporte e Pavimentação Urbana para levar ao conhecimento dos deputados estaduais sobre a necessidade ou não de se abrir uma CPI para investigar os fatos.