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Domingo, 07 de julho de 2024

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Prioridade aos alunos

Proposta de reajuste de 7% é trunfo do governo Silval para pôr fim à greve dos professores de MT

Foto: Josi Pettengill / Secom-MT

Objetivo principal é devolver mais de 470 mil crianças às salas de aula

Objetivo principal é devolver mais de 470 mil crianças às salas de aula

A negociação do governo de Mato Grosso com o Sindicato dos Profissionais do Ensino Público (Sintep), para o fim da greve que já dura dois meses, depende da aceitação da proposta de reajuste real de 7% nos salários, com intermediação direta da Assembleia de Legislativa. “Sem dúvida, existe necessidade de um alto grau da serenidade e espirito despojado dos dois lados”, avalia o deputado Hermínio Jota Barreto, líder do governo na Assembleia.


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“O Sintep apresentou como reivindicação 10,41% de ganho real em sete anos. O governo acena com 7% em 10 anos, para evitar um colapso na folha de pagamento”, explica o deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM), que defende o fim da greve imediatamente, embora seja um dos líderes da oposição ao governador Silval Barbosa (PMDB).

Principal responsável direto pela reabertura do diálogo, o deputado José Riva (PSD), prefere dividir os louros e lembra que o objetivo principal é devolver mais de 470 mil crianças às salas de aula. “Quero aqui fazer justiça à preocupação do presidente da Comissão de Educação, deputado Alexandre [César], que tem se pronunciado sobre esse assunto todos os dias, mostrando a importância de resolver esse impasse. Também concordo que não adianta decisão judicial, que pode salvaguardar o estado, mas não resolve a situação da categoria”, afirma Riva.

“Quero também reconhecer o trabalho do deputado Jota Barreto, como líder do governo, que foi prontamente pedir audiência com o governador. Acredito na capacidade do diálogo e essa situação será resolvida dessa forma. A partir do momento em que alguém se nega ao dialogo, se perde a resolver o impasse e não adianta se omitir ou correr de conversar com a categoria, só tem uma forma de enfrentar a situação, conversando, é fazendo todas as contas que forem necessárias”, afiança o deputado do PSD.

“É claro também precisamos ser responsáveis, não adianta entregar um estado inviabilizado queremos entregar um estado viável fazer proposta exequível, não é porque não vou ser deputado no próximo mandato e nem o Silval, governador, que nós vamos fazer acordo de qualquer forma para inviabilizar o Estado”, observa ele. “Temos compromisso com o Estado, mas também temos com a educação e temos falado todos os dias de que qualquer transformação social nesse país se passa pela educação, não podemos nos furtar de conversar com a categoria e fazer esse encaminhamento”, completa Riva.

Também responsável pela intermediação do diálogo, o presidente da Comissão de Educação da Assembleia, deputado Alexandre César (PT), entende que é essencial que a proposta seja colocada no papel para que a categoria possa apreciar, em assembleia geral, na próxima sexta-feira (20/09). “A judicialização não é o caminho. E esperamos que haja o entendimento de ambas as partes para o fim da greve”, pondera Alexandre.



O secretário de Estado de Educação, Ságuas Moraes, afirma que o Executivo está buscando uma equação que contemple as reivindicações dos professores, mas ao mesmo não comprometa o equilíbrio fiscal de Mato Grosso. “Mato Grosso possui o quarto maior piso salarial da categoria: R$ 1.569,00 para nível médio e R$ 2.263,00 para professor nível superior, em início de carreira. Estamos evoluindo”, sentencia Ságuas.

A folha de pagamento da educação é a maior do Poder Executivo, consumindo quase R$ 260 milhões. “O governo tem, sim, que agir com responsabilidade para não comprometer os recursos de custeio e investimentos”, emenda Hermínio Barreto, ao lembrar que, por conta do excesso de demandas, já se gasta quase 120% do que se arrecada, o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Os deputados voltam a se reunir com Silval Barbosa, no Salão Garcia Neto do Palácio Paiaguás, no final da tarde ou início da noite desta quarta-feira (18/09), para bater martelo sobre a proposta final.
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