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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Mais de 50 mil mulheres foram assassinadas; "elas precisam deixar de ser permissivas", diz delegada

Foto: Reprodução/Ilustração

Mais de 50 mil mulheres foram assassinadas;

Mais de 50 mil mulheres foram assassinadas; "elas precisam deixar de ser permissivas", diz delegada

Érica Cristina Jesus Rodrigues tinha 23 anos quando foi assassinada com oito golpes de faca pelo esposo Luiz Carlos de Oliveira Rodrigues, de 25 anos. O casal tinha dois filhos de um matrimonio que estava próximo do fim após Érica pedir a separação. Porém, o que a jovem recebeu de seu esposo foi a morte.


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O homicídio ocorreu no início deste mês de setembro, por volta das 21h, momento em que as crianças não estavam presentes. Esse crime é mais um na lista de mais de 50 mil assassinatos de mulheres registrados em todo Brasil entre 2001 e 2011. A estatística faz parte de uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada nessa quarta-feira (25).

O número alarmante de mortes fez com que o órgão constatasse que “a Lei Maria da Penha, número 11.340, criada em 2006, não funciona”, ou seja, ela não foi capaz de reduzir o número de assassinatos de mulheres, também chamados de feminicídios quando a contra a mulher é violência fatal.

Com essa conclusão, a pesquisa anula qualquer evolução obtida a partir da criação da lei Maria da Penha, que para a delegada Cláudia Maria Lisita, titular da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá, “a exposição da pesquisa foi feita de forma muito radical, de uma forma que desestimula as mulheres vítimas da violência a denunciarem e estimula os agressores a insistirem nos ataque”, contradisse.

A titular também esclarece que, não há erros nos dados da pesquisa e sim na forma pela qual ela foi divulgada. “Ou você acha que os mil e quinhentos inquéritos registrados aqui na delegacia não é um resultado?”.

Dados

Segundo a pesquisa um terço de todos os casos aconteceu dentro de casa; que as principais vítimas estão na faixa etária de 20 a 39 anos; que 61% das mortes foram de mulheres negras e que as regiões nordeste, centro-oeste e norte apresentaram as taxas de feminicídios mais elevadas, respectivamente, 6,90, 6,86 e 6,42 óbitos por 100.000 mulheres.

Para a delegada mesmo diante desses números, “a mulher precisa deixar de ser permissiva e buscar a delegacia no primeiro sinal de violência de um xingamento a um empurrão”, enfatiza Lisita.
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