O secretário de Estado de Educação, Ságuas Moraes (PT), deixa o cargo nesta quarta-feira (02/10) para assumir uma cadeira na Câmara dos Deputados, provavelmente na quinta-feira (03/10), em substituição ao deputado aposentado Homero Pereira (PSD). O governador Silval Barbosa (PMDB) confirmou a saída de Ságuas, mas alertou que ainda não decidiu se irá manter a Seduc sob o comando do Partido dos Trabalhadores, que dirige a pasta desde 2007. 

“Ainda não tem nada decidido sobre isso [o novo secretário]. No momento, a prioridade é fazer com que as aulas sejam restabelecidas, para não prejudicar ainda mais os estudantes da rede estadual”, pontua o governador.

Silval Barbosa também não decidiu se mantém ou não o PT no controle da Seduc, o que já provocou ciúmes de outros partidos, no arco de alianças, inclusive do PSD e PR. “Ainda não tenho nome [para substituir Ságuas] e vou ver isso depois”, resume ele.

Ságuas revela que desejava deixar a pasta com “tudo em ordem”, o que significa com os professores em sala de aula. Ele explica que não há necessidade de fazer a ‘juntada de documentos’, porque já tomou posse formalmente em fevereiro de 2011. Agora, Ságuas Moraes necessita apenas entregar um ofício à Mesa Diretora da Câmara Federal, comunicando seu retorno ao Parlamento.

No PT, Ságuas faz parte da corrente 'Construindo um NOvo Brasil' (CNB), que em Mato Grosso é liderada pelo deputado estadual Alexandre César, líder do partido na Assembleia, com o ex-deputado Carlos Augusto Abicalil.


A reportagem do Olhar Direto apurou que, em princípio, o Secretário Adjunto Administrativo e Financeiro,  Antônio Carlos Ióris, deve responder temporariamente pela Seduc.


Fim da greve

Num breve balanço, Ságuas recorda que o governo Silval já concedeu 25,84% de ganho real aos profissionais do ensino público, nos últimos três anos. “O governo de Mato Grosso paga o quarto maior piso salarial do Brasil. E aqui é para 30 horas semanais”, aponta ele.

Ságuas lembra que a Seduc possui 36 mil servidores, tendo recebido – desde – 49,4% de aumento salarial, sendo 25,89% de ganho real, obedecendo uma média de 12,36% ao ano- mais que o dobro da inflação.
O último reajuste foi de 10,41% para a classe, acima da inflação do período.