O que no começo parecia ser um jogo que o Mixto ia sair de campo com um placar tranquilo, acabou se tornando desespero no final da partida. 1x1 foi o resultado diante do Tupi-MG. Muitos culpam o técnico, outros o time inteiro e, os mais confiantes, dizem que sempre o alvinegro prefere ter mais trabalho que tranquilidade para conseguir seus objetivos.

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O que foi bonito de se ver durante a partida estava muito além das quatro linhas. Nas arquibancadas os quase cinco mil expectadores gritavam em uma só voz que a classificação para a Série C estaria certa, porém não contavam com as oportunidades perdidas durante a partida.

Muitas chances desperdiçadas. Muitos lances improváveis aconteceram. Zagueiros, que na maioria das vezes são os que menos usam da categoria, estavam abusando dos chapéus e balões. Mas nem tudo foi festa. No primeiro tempo o Tupi-MG chutou apenas uma vez no gol, sem levar perigo. Já o Mixto, em uma das diversas oportunidades guardou o primeiro tento.

Kal, sempre ele chutando forte e de longa distância, acertou uma verdadeira “pedrada” de perna direita e abriu o placar aos 38 minutos do primeiro tempo. Na comemoração ele vibrou junto com a torcida e, principalmente com sua esposa que estava assistindo apartida. Até um beijo ela ganhou. Até ali tudo parecia ser mais fácil, porque o tigre tinha acordado, mas o primeiro tempo terminou na vantagem mínima a favor do time da casa.

No segundo tempo a pressão foi maior. O time do Mixto não engrenava. Não trocava passes e só fazia a torcida sofrer a cada segundo que passava. Em algumas jogadas parecia que o Tupi-MG estava cada vez mais próximo do tento de empate, e isso não demorou para acontecer.

Em um bate rebate na área do time cuiabano, a bola sobrou para o atacante Silvio, que ainda conseguiu virar e bater no cantinho esquerdo do goleiro alvinegro que não pôde fazer nada e apenas acompanhou o time visitante fazer a festa com o tão esperado gol fora de casa, que em uma competição como a Série D vale muito. Principalmente na altura que o jogo estava, aos 42 do segundo tempo.

A torcida após ver o Mixto no sufoco ficou mais nervosa. O técnico Ito Roque mexeu duas vezes na equipe. Geovane e Geílson, os mais ‘atrevidos’ da equipe do Mixto, os únicos que buscavam ir pra cima do adversário e transformar as jogadas em perigos de gol foram substituídos.

Ito foi vaiado. Os jogadores saíram aplaudidos, mas o técnico não. Os torcedores apelaram até para cantos de igreja para ajudar a espantar os fluídos ruins que cercam o alvinegro. “Segura na mão de Deus. Segura na mão de Deus e vá”. E o Mixto vai domingo para Juiz de Fora, em Minas Gerais, sabendo que empate em 0x0 é favorável a equipe mineira e qualquer outro empate leva o Mixto para a Série C. “Agora é Rezar”, disse Estevino Santos, torcedor mixtense.