Mesmo sendo amigo de Blairo e Eraí Maggi, o ex-prefeito Adilton Sachetti, de Rondonópolis, deve marchar com o senador Pedro Taques (PDT), em 2014. A garantia partiu de gente que possui livre acesso ao cotidiano de Adilton e revel a que sua saída do PDT, na semana passada, migrando para o PSB, deve-se à perspectiva de compor a chapa majoritária ou mesmo para a Câmara dos Deputados.

A cúpula que articula em favor de Taques avalia que Adilton Sachetti pode ser o contraponto, ao lado do prefeito Otaviano Pivetta (PDT), de Lucas do Rio Verde, perante o agronegócio, em caso de se confirmar a candidatura de Eraí Maggi Scheffer (PP) para o governo de Mato Grosso, em 2014.

Tanto que Sachetti assinou a ficha de filiação no Partido Socialista Brasileiro com as bênçãos de Pedro Taques, em respeito à articulação do prefeito Mauro Mendes, presidente estadual do PSB e seu principal aliado. Após a desfiliação do deputado federal Valtenir Pereira, agora recém criado PROS, o PSB ficou sem nome de peso para deputado federal.

Como Mendes está ‘preso’ ao compromisso com a Prefeitura de Cuiabá, Adilton Sachetti é cotado inclusive para ser indicado pelo PSB para comprar a chapa majoritária.

“Quem falou em rompimento deles [Taques e Sachetti] não sabe o que está acontecendo. Isso não existe. Eles continuam com o mesmo pensamento: estarem juntos em 2014”, afiançou um amigo da cozinha de Adilton.

Adilton Sachetti foi a segunda grande baixa do PDT em menos de 10 dias. A primeira foi o ‘rei da soja’ Eraí Maggi Scheffer, primo do ex-governador e senador Blairo Maggi (PR), que ingressou no Partido Progressista.

Sachetti possui estreita ligação com Blairo Maggi, desde quando viviam no Paraná. Mas o fato de Blairo não ser candidato a nada em 2014, fortalece a perspectiva para mantê-lo com Taques, com aval de Mauro Mendes. Adilton seguiu para o PDT junto com o irmão, Moisés Sachetti, ex-presidente do Detran de Mato Grosso. Antes, com Maggi, foram do PPS.