As ferramentas de tecnologia da informação utilizadas pela Auditoria Geral do Estado de Mato Grosso (AGE-MT) foram assunto de palestra do titular da pasta, José Alves Pereira Filho, na última sexta-feira (11.10), aos controladores/auditores internos dos municípios. A apresentação integrou o Ciclo de Capacitação Gestão Eficaz, promovido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) acerca das competências, atribuições e responsabilidades do exercício do controle interno, com foco na atividade de auditoria.
José Alves afirmou que o uso de ferramentas de tecnologia da informação vem reforçando a atuação preventiva e orientativa da AGE para a melhoria da prestação dos serviços à sociedade. Uma das inovações é o Sistema de Controle Interno (SCI), o qual agrega informações e dados de maneira padronizada sobre os trabalhos já finalizados e em andamento na AGE por subsistema de controle (gestão de pessoal, convênios, contabilidade, obras etc). Com isso, as equipes de auditoria podem aproveitar dados, informações e análises para o levantamento de outras situações, de forma a se evitar a sobreposição de ações (retrabalho) e a otimizar as atividades de controle interno e auditoria.
O sistema permite o acompanhamento do trâmite de todos os tipos de ordens de serviços: produtos de avaliação do controle interno, pareceres de gestão de pessoal (aposentadorias), trabalhos especiais demandados por outros órgãos e atividades planejadas para o dia a dia. “Trata-se de uma importante ferramenta para gerar relatórios com estatísticas para subsidiar o planejamento das atividades de auditoria. Por determinação do governador Silval Barbosa, estamos à disposição para firmarmos parceria com os municípios para cessão de uso da ferramenta”, comentou.
Os estados do Espírito Santo, Ceará e Roraima já manifestaram interesse em adotar o sistema. Desenvolvido por técnicos do Centro de Processamento de Dados do Estado de Mato Grosso (Cepromat) com o apoio da Superintendência de Auditoria em Tecnologia da Informação da AGE, o SCI está em produção desde janeiro de 2013.
GERENCIAMENTO DE RISCO
Outra ferramenta é um sistema de gerenciamento de riscos da despesa do Poder Executivo Estadual. As chamadas trilhas eletrônicas são ferramentas capazes de detectar indícios de irregularidades por meio do cruzamento de diversas bases de dados, o que sinaliza atenção especial dos auditores. Tais ocorrências são analisadas, isoladamente ou em conjunto, com vistas, principalmente, a prever situações futuras que poderiam ocasionar prejuízos ao Estado, de forma a permitir providências antecipadas.
O sistema possibilita aos auditores averiguarem, por exemplo, a existência de relações pessoais entre sócios de uma empresa e os servidores do órgão que a contratou; a conformidade de pagamentos de servidores, indenização de licença-prêmio, licenças para tratamento de saúde, contratos temporários etc.
Na apresentação, o secretário-auditor geral do Estado falou também sobre o modelo de trabalho da AGE, o ciclo da atividade de auditoria e os produtos dessa área (relatórios, pareceres, orientações etc).
