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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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Homenagem a Tião Carreiro marca início de nova etapa do Casario

Com a criação e presença da Secretaria Municipal de Cultura em seu espaço e a fomentação de vários projetos de modernização, o Casario - conhecido por ser o marco zero de Rondonópolis - voltou à cena oficialmente na noite da última quarta-feira (16) como o principal ponto de encontro dos artistas da cidade. Os membros da Orquestra Divina abriram as cortinas da nova fase cultural da cidade com um tributo a Tião Carreiro, o mais famoso violeiro do Brasil de todos os tempos.


A realização do evento, que contou com boa participação popular, foi do grupo musical rondonopolitano, mas teve o apoio do Município. Segundo o gerente de ações culturais, José Roberto de Souza, os violeiros criaram um calendário de apresentações fixo no espaço e junto a eles outros estilos musicais também já definiram suas agendas de encontros.

“Hoje é a abertura do ‘Ensaio Aberto’. A partir de agora, de 15 em 15 dias, a população vai poder conferir gratuitamente nas quartas-feiras outros encontros semelhantes a este com a temática da moda de viola, comandados pelo pessoal da Orquestra Divina. Já há um acerto também para que em breve, também de 15 em 15 dias, os músicos da MPB, Reggae e Rock se apresentem de maneira fixa no Casario nas quintas. Para as sextas-feiras será a vez das serestas, também com intervalos quinzenais”, anunciou o gerente.

José Roberto afirma que apesar de ter o gerenciamento dos próprios grupos, o palco é livre para qualquer cidadão fazer sua apresentação. Já sobre possíveis agendamentos para eventos públicos, os responsáveis pela realização têm de procurar a Secretaria de Cultura. “Tudo o que nos for demandado vamos encaixar as datas e ser parceiros. Interessante ressaltar, por exemplo, que o pessoal da Orquestra Divina, além dos Ensaios Abertos, farão nos domingos pela manhã o Café Com Viola”, informou.

O presidente do Conselho Municipal de Cultura, Max Ferraz, elogiou a diversidade do trabalho da Secretaria, oficialmente criada este ano. “Vivemos um novo momento nacionalmente falando com o Governo Federal fazendo a cultura virar efetivamente uma política pública, assim como a Educação, Saúde e Meio Ambiente. Em Rondonópolis tivemos a sorte do prefeito Percival Muniz perceber esta nova realidade e criar uma pasta específica para o setor. Quanto ao Casario, o momento é de resgate da sociedade. Temos de repovoar este espaço e com todos estes eventos fixos creio que isto acontecerá. Temos público para todos os gêneros”, avaliou Ferraz.

Tião Carreiro

O lançamento das apresentações de moda de viola no Casario não poderia ter melhor tema. A vida de José Dias Nunes, o Tião Carreiro, foi contada em todos os seus momentos históricos e principalmente por meio de suas músicas. O cantor que popularizou o ritmo chamado ‘pagode’ e fez várias letras e melodias que até hoje ecoam na cabeça de seus milhares de fãs, completaria 79 anos em 2013. No entanto, no último 15 de outubro completaram-se exatos 20 anos de sua morte.

O regente da orquestra Viola Divina e idealizador do evento da homenagem, Pedro Barbosa, falou da importância de Tião para o sertanejo raiz. “Ele é o rei desta turma toda. Tem um divisor de águas: A música sertaneja antes e depois do Tião Carreiro. Para se ter uma ideia da referência que ele era, além de ser tido como um grande letrista, era ele quem musicava as letras de vários dos grandes compositores de sua época. O respeito a Tião era tão grande que ele tinha o poder de barrar a música alheia. Se ele falasse que não prestava, ali mesmo o assunto acabava”, contou Barbosa.

Por fim, cerca de 10 duplas se apresentaram no palco cantando músicas compostas, interpretadas e feitas em homenagem a Tião. Na plateia com sua família desde o início do evento e cantando junto quase todas as músicas apresentadas, o rondonopolitano Clodocir Leiva admitiu que sente saudade da época de Tião, quando, segundo ele, a música era feita por gosto e não para ficar rico.

“Acho que não tem comparação com o que vemos hoje. O conteúdo das letras, a beleza das músicas foram muito maiores no passado. Provavelmente foi o dinheiro que atrapalhou tudo e hoje se faz música não mais pelo prazer”, comentou.
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