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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

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eternas saudades

Homenagem da FPA a seu ex-presidente: “A política não me envaidece, mas muito me enobrece”

Foto: Olhar Direto

FPA prestou última homenagem a seu ex-presidente

FPA prestou última homenagem a seu ex-presidente

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), em nota distribuída à imprensa e subscrita por todos seus membros, lamenta a perda de seu ex-presidente, ocorrida na manhã (20.10), em São Paulo. No documento, a entidade diz que Homero fez de sua vida parlamentar um verdadeiro sacerdócio, aliado a um contagiante entusiasmo na defesa das causas do setor produtivo rural.


"Sua liderança na Câmara Federal o levou a presidir a FPA deixando-a tão-somente para se submeter ao tratamento agressivo contra um câncer no estômago, que agora o tirou de cena, depois de anos de muita luta contra tal doença. Lutou até o fim, lutou enquanto teve forças. Um valente guerreiro. Todos nós da FPA queríamos que Homero vivesse mais para conviver mais tempo com seus familiares, amigos e continuar servindo o setor mais exitoso da economia brasileira.

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Parafraseando o escritor Nelson Rodrigues, a FPA diz que morto esquecido é o único que descansa em paz. "Se depender de nós - deputados e senadores que compõem a FPA, Homero Pereira nunca descansará. Com certeza, nunca cairá no nosso esquecimento. Como esquecer alguém que muita falta nos fará e que a tantos cativou? A partir de agora, Homero Pereira é uma saudade que passamos a incorporar ao nosso viver".

Os líderes da bancada ruralista destacam no texto a dedicação de Homero pela agropecuária e sua liderança a frente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT). Homero também exerceu os cargos de vice-presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Frente de Logística de Transportes e Armazenagem (Frenlog).

Leia na íntegra a nota da FPA:

Eternas saudades de Homero Pereira
“A política não me envaidece, mas muito me enobrece”

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) cumpre o doloroso dever de comunicar o falecimento do seu ex-presidente deputado Homero Pereira (PSD-MT) ao meio-dia deste domingo (20/10) em São Paulo. O enterro está previsto para às 11h de amanhã, segunda-feira (21/10)em Cuiabá. Ele fez de sua vida parlamentar um verdadeiro sacerdócio, aliado a um contagiante entusiasmo na defesa das causas do setor produtivo rural. Sua liderança na Câmara Federal o levou a presidir a FPA deixando-a tão-somente para se submeter ao tratamento agressivo contra um câncer no estômago, que agora o tirou de cena, depois de anos de muita luta contra tal doença. Lutou até o fim, lutou enquanto teve forças. Um valente guerreiro. Todos nós da FPA queríamos que Homero vivesse mais para conviver mais tempo com seus familiares, amigos e continuar servindo o setor mais exitoso da economia brasileira.

Morto esquecido é o único que descansa em paz, já dizia Nelson Rodrigues, um dos cronistas mais conhecidos do Brasil. Se depender de nós - deputados e senadores que compõem a FPA, Homero Pereira nunca descansará. Com certeza, nunca cairá no nosso esquecimento. Como esquecer alguém que muita falta nos fará e que a tantos cativou? A partir de agora, Homero Pereira é uma saudade que passamos a incorporar ao nosso viver.

Produtor rural, técnico agropecuário e economista, aos 58 anos de idade, o deputado federal Homero Pereira tem pouco mais de três décadas dedicadas à agropecuária. Considerado líder nato, inclusive por muitos de seus opositores, ele comandou importantes entidades: a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT). Exerceu os cargos de vice-presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e da Frente de Logística de Transportes e Armazenagem (Frenlog).

Foi responsável por grandes manifestações, como o movimento Tratoraço, em 2005. Essa habilidade lançou-o na política mais por vontade do setor que ele representa do que por satisfação pessoal. Ele sempre diz: “a política não me envaidece, mas muito me enobrece”. Homero Pereira provou que o líder pode, sim, ser combativo, sem ser agressivo.

Já no primeiro mandato, Homero Pereira conquistou espaço de destaque na Câmara dos Deputados, devido à sua habilidade em negociações importantes, como a do endividamento rural, o Código Florestal, que para ele “não será o código dos sonhos”, mas reflete o estágio democrático em que vivemos. Homero enfrentou ainda outras bandeiras polêmicas como o trabalho escravo e, por último, a questão indígena. Era moderado, sabia ouvir e teve um dom como poucos para equilibrar os interesses divergentes entre os colegas. Essas características elevaram-no por aclamação ao posto de presidente da FPA, uma das bancadas mais fortes e unidas do Congresso Nacional.

Ao se referir à Rio + 20, realçava que “o Brasil pôde mostrar que é possível, sim, conviverem em harmonia produção e preservação; em outros termos, produzir com sustentabilidade”. Ele fazia questão de enfatizar que, mesmo com uma grande bancada ruralista no Congresso Nacional, não existe fraqueza política no setor, pois há representação, porém ainda falta, por parte de alguns representantes da sociedade brasileira, o merecido respeito ao trabalho do agricultor brasileiro. E lembrava que, mesmo tendo algumas divergências pontuais, pode afirmar que a bancada que representa o setor produtivo rural é unida – tanto que alguns setores tentam enfraquecê-la, dividi-la. Esse era o verdadeiro deputado Homero Pereira.

Uma criatura da qualidade de Homero Pereira nos faz lembrar as sábias palavras de Dom Quixote que registramos aqui para reflexão do setor produtivo rural: “ditosa idade e século ditoso aquele em que serão dadas à luz as celebres façanhas minhas, dignas de serem talhadas em bronzes, esculpidas em mármore e pintadas em telas para serem lembradas no futuro”.

Rezemos pelo bem de sua alma. Vá em paz Homero, que Deus o tenha em sua morada, pois aquele que habita no esconderijo do Altíssimo à sombra do Onipotente descansará.

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