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Quinta-feira, 04 de julho de 2024

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VÁCUO DE LIDERANÇA

Nenhum dos possíveis sucessores de Homero na bancada ruralista consegue agregar classe em MT

Líder do segmento nas articulações em Brasília desde que Jonas Pinheiro chegou à Câmara dos Deputados em 1982 pelo extinto PDS, hoje Democratas (DEM), Mato Grosso corre o risco de ficar sem um representante do agronegócio no Congresso...

Foto: Ilustração

Nenhum dos possíveis sucessores de Homero na bancada ruralista consegue agregar classe em MT
Líder do segmento nas articulações em Brasília desde que Jonas Pinheiro chegou à Câmara dos Deputados em 1982 pelo extinto PDS, hoje Democratas (DEM), Mato Grosso corre o risco de ficar sem um representante do agronegócio no Congresso Nacional, em mais de três décadas. O problema central está no fato de que nenhum dos possíveis sucessores do deputado federal Homero Pereira (PSD), morto na ultima segunda-feira (20/10), demonstre a mesma capacidade de articulação e somatória de grupo conquistada pelos produtores rurais.


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Dos principais pretendentes, o deputado estadual Zé Domingos Fraga Filho (PSD), o suplente de deputado federal Neri Geller (PP) e presidente da Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, são os que teriam, em tese, maiores possibilidades. Mesmo assim, o grau de empatia e influência não passa nem perto no que era a base eleitoral de Homero Pereira, segundo mais votado no pleito de 2010.

Homero Pereira era o principal coordenador da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), criada por Jonas Pinheiro, e há décadas o segmento organizado com maior força no Congresso Nacional. Foi graças ao trabalho de Homero junto à FPA, por exemplo, que o Parlamento aprovou o novo Código Florestal, discutido há mais de 20 anos nas duas casas – Câmara Federal e Senado da República.

“É um prejuízo enorme para Mato grosso, para a família e para o Brasil”, afirma o deputado José Riva (PSD), presidente afastado da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. “Ele deixa um legado inestimável: o Código Florestal, onde travou embates do agronegócio com respeito aos ambientalistas”, observa Riva, que não quis apontar nenhum ‘candidato a sucessor’.

José Riva argumenta que Homero era incapaz de enganar alguém para conquistar o voto. E que, nesse contexto, torna-se difícil encontrar um novo líder capaz de sucedê-lo, na Frente Parlamentar da Agropecuária.

Do agronegócio do cerrado, além de Jonas e Homero, surgiu também o principal líder do Estado fora das fronteiras de Mato grosso: o ex-governador e senador Blairo Maggi.

Sucessores

Dos principais nomes vistos como possíveis sucessores de Homero, Zé Domingos Fraga avisa que não pensa nisso e que, em principio, é candidato à reeleição. “Sei que em política tudo é possível, mas tenho pés no chão: prioridade é o trabalho para a reeleição”, pontua Zé Domingos, três vezes prefeito de Sorriso e no segundo mandato de deputado estadual.

Maior referência dos produtores rurais no coração do agronegóico, entre Nova Mutum e Sorriso, passando por Lucas do Rio Verde e Tapurah, o suplente de deputado federal Neri Geller não gosta de tocar no assunto. Todavia, confirma que tentará chegar à Câmara dos Deputados pela terceira vez – nas duas anteriores ficou com a segunda suplência.

Já Rui Prado prefere não falar em candidatura e, sim, em projeto. “O importante é ter um projeto que dê sustentação para quem trabalha e quem produz, evitando, por exemplo, que o agricultor seja ‘esfolado’ pela carga tributária”, pontua ele. “E, ainda, alguém que tenha capacidade de lutar pela melhoria urgente na logística do Centro-Oeste e, particularmente, em Mato Grosso”, emenda Prado.
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