A mancha que passou pelo rio Garças, quinta-feira, no município de Barra Garças, era de biodiesel e não de óleo diesel, segundo relatório preliminar da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) divulgado segunda-feira (28). O material é menos prejudicial à natureza do que diesel. Em entrevista, o diretor da Sema-BG, Cleber Fabiano, tranquilizou a população sobre risco de contaminação ou prejuízo ao rio. 

Segundo eles, uma equipe da Petrobras esteve na cidade sexta-feira constatando que biodiesel tipo B100 considerado de menor potencial. A mancha se espalhou rapidamente pelo rio após um acidente que tombou uma carreta-tanque com trinta mil litros na quarta-feira em um córrego afluente do rio.

Mesmo sem risco ao Meio Ambiente, Cleber disse que foram tomadas as providências como avisar a companhia de abastecimento Emasa que suspendeu a coleta de água na quinta-feira e sexta-feira e uma equipe de técnicos avalia o prejuízo causado. “Certamente a empresa responsável pelo combustível será multada”, frisou.

No domingo, a mancha que já havia passado pelo perímetro urbano praticamente se dissipou em função das chuvas na região. Cleber procurou a imprensa para tranquilizar a população e responder a cobrança do Ministério Público ainda na quinta-feira quando havia uma suspeita que era diesel.

De acordo com a lei 9.605/98 dos crimes ambientais, artigo 75, todo vazamento de produto químico que afete o ecossistema será punido com multas que variam de R$ 50 a 50 milhões.