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Sábado, 04 de maio de 2024

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Ala para homossexuais na Penitenciária de Mato Grosso transforma realidade de travestis e transexuais

Um projeto apresentado por um psicólogo da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) mudou a realidade dos reeducandos homossexuais, bissexuais, travestis e transexuais do Centro de...

Foto: Reprodução

Ala para homossexuais na Penitenciária de Mato Grosso transforma realidade de travestis e transexuais
Um projeto apresentado por um psicólogo da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) mudou a realidade dos reeducandos homossexuais, bissexuais, travestis e transexuais do Centro de ressocialização de Cuiabá (CRC), antigo Carumbé. Ele criou a Ala Arco-Íris para abrigar esse pessoal que devido aparência e comportamento muitas vezes femininos, sofriam preconceito por boa parte dos presos e também precisavam conviver com os assédios cometidos por outros.


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Este foi o caso da travesti Huanderson Barbosa, conhecida como “Sandy”, que chegou ao Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC) e se deparou com situações constrangedoras. Além disso, ela, que sempre gostou de usar cabelos compridos, maquiagem, bijuterias e roupas de mulher, teve que cortar o cabelo, deixar de lado o batom e usar roupas de homem, numa tentativa de não chamar a atenção. Para o travesti, essas mudanças representaram uma verdadeira agressão.

Segundo informações do Tribunal de Justiça, a ala é a primeira do gênero a ser implantada em Mato Grosso, que está entre os quatro estados do país a adotar esse tipo de medida. Atualmente, seis pessoas estão na ala Arco-Íris, que já chegou a receber 20 presos. Para que o espaço fosse criado, não houve gasto pelo Poder Público, que só precisou disponibilizar duas celas para implantação do projeto.

Quando chega ao Centro de Ressocialização e passa pelo processo de triagem, o reeducando deve informar seu interesse em ficar na ala Arco-Íris. A diretora Claudiane Almeida destaca que o projeto não tem a intenção de isolar os participantes, pois o convívio com os demais reeducandos é mantido.

Assim como Sandy, o reeducando Emerson de Souza enfrentou momentos difíceis assim que foi preso. Ele foi levado para o Presídio Pascoal Ramos, onde se envolveu em brigas e chegou a sofrer agressões por ser homossexual. A transferência para a ala Arco-Íris do Centro de Ressocialização representou uma importante mudança para ele.

Para o juiz da Vara de Execuções Penais, Geraldo Fidelis, além dos presos, a sociedade tem muito a ganhar com iniciativas como essa. “O sistema penitenciário deve resguardar a integridade física e moral dos reeducandos. As pessoas inseridas no projeto Arco-Íris estão sendo cuidadas com zelo e isso, com certeza, fortalece o trabalho de ressocialização”, explicou o magistrado.

Segundo ele, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deseja incentivar a criação de espaços como a ala Arco-Íris em unidades prisionais de todo o país. O projeto foi apresentado pelo psicólogo Mauro Borges, da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh).
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