Menos de 12 meses foram suficientes para transformar o prefeito Mauro Mendes (PSB) e o governador Silval Barbosa (PMDB), de rivais figadais, em amigos “da cozinha” um do outro. O que povoava o imaginário de alguns líderes e dirigentes políticos, ficou latente nos dois eventos de inaugurações de obras de mobilidade urbana da Copa do Pantanal Fifa 2014, tanto no Praeirinho, na última terça (29), e nesta quinta-feira (31), na ponte dos Eucaliptos – acesso à Chácara dos Pinheiros.
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Ambos se enfrentaram numa disputa “encarniçada” na disputa pelo governo de Mato Grosso, em 2010, inclusive com duríssimos ataques pessoais, com vitória de Silval por 0,2% no primeiro turno. E, depois, em 2012, quando o governador foi o principal cabo eleitoral da chapa Ludio Cabral (PT) – Francisco Faiad (PMDB) contra Mauro Mendes. Vitória de Mendes.
Todavia, as rusgas parecem ter ficado no passado, já que o presente é troca de gentilezas. “Apontar defeitos e fazer críticas é fácil. Dizer que a obra está atrasada também é fácil. Mas fazer o certo é difícil e o senhor está fazendo, caro governador”, disparou Mendes, provocando olhares curiosos da platéia. Ele citou que está construindo sua casa há dois anos e ainda não terminou, por falta de mão-de-obra especializada.
Mendes argumentou que Silval está promovendo uma verdadeira transformação na Capital e previu que “vai faltar discurso para inauguração de tanta obra”.
“Com as obras que estamos fazendo e com as ações que estão sendo implementadas na cidade nós estamos transformando Cuiabá em uma cidade muito melhor nos próximos anos. E esse é o principal legado da Copa”, pontua Mendes.
Silval Barbosa também não economizou elogios ao prefeito. Apontou seu esforço para melhorar o trânsito e o transporte de Cuiabá. “Em todas as grandes cidades do Brasil, o trânsito está caótico e os investimentos em transporte de massa é inevitável”, argumenta ele.
Questionado sobre o novo amigo Mauro Mendes, rival de 2010 e 2012, Silval sorriu e preferiu resumir numa frase: “A eleição acabou faz tempo”. Talvez o governador, tal qual Mendes, tenha feito questão de se esquecer que, pela Constituição, em 2014 tem mais eleição.
