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Ararath II

Mandado contra neto de desembargador só saiu na noite de ontem; PF pretendia cumprir todos 2ª

27 Nov 2013 - 11:29

Da Reportagem Local - Laura Petraglia/ Da Redação - Lucas Bólico

Mandado contra neto de desembargador só saiu na noite de ontem; PF pretendia cumprir todos 2ª
Os dois mandados de busca e apreensão cumpridos na manhã desta quarta-feira (27) pela Polícia Federal na casa e escritório do bacharel em direito Tiago Vieira de Souza Dorileo foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, na cidade de Cuiabá/MT apenas na noite de ontem (26), apesar de a PF ter planejado cumprir todas as buscas simultaneamente na segunda-feira (25), quando foram coletados materiais nas casas e gabinetes do juiz federal Julier Sebastião da Silva e do presidente do Detran-MT, Gian Castrillon.


Advogado neto de desembargador é alvo de busca e apreensão da Polícia Federal
Presidente do Detran se recusa a explicar origem do dinheiro apreendido pela PF em sua casa

Em entrevista concedida ao Olhar Direto na manhã de hoje, o delegado Regional de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Denis Cali, informou que foram apreendidos na casa de Tiago Dorileo celulares do tipo smart phones e, no escritório, mídias eletrônicas, documentos e HDs de computadores. Com os mandados de busca e apreensão cumpridos na segunda-feira, o nome de Dorileo começou a circular como provável envolvido e próximo alvo da PF.

O bacharel estava em casa no momento da chegada da Polícia Federal, por volta das 6h. A abordagem no escritório do advogado, edifício Top Tower, na Avenida do CPA, só foi feita às 8h, momento em que o prédio comercial foi aberto. De acordo com o delegado, findada a coleta das informações, a PF dá continuidade agora à fase de análise. “Vamos analisar todo esse material colhido e dependendo do que obtivermos mandaremos para a Justiça analisar os pedidos de prisão”, afirmou.

Tiago Dorileo Vieira é neto do já falecido desembargador Ernani Vieira. As investigações referentes à Operação Ararath prosseguem sob segredo de Justiça, porém, o Olhar Direto obteve a confirmação com exclusividade de que as buscas da Polícia Federal são por provas da atividade de lobista que ele vinha exercendo junto a magistrados.

Interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal mediante autorização do desembargador do Tribunal Regional Federal, Luciano Tolentino Amaral, apontariam contatos entre Julier e o lobista. Tiago teria autuado como intermediador para a concessão da decisão beneficiando a empreiteira Encomind.

Na segunda-feira (25), em entrevista ao Olhar Direto, Tiago Dorileo negou qualquer envolvimento com o caso.

A investigação tramita no TRF 1ª Região em razão de possível envolvimento de magistrado nos fatos sob apuração, os quais guardam relação com a Operação Ararath, deflagrada recentemente por ordem da Justiça Federal da Seção Judiciária do Mato Grosso.

No início da semana também foram alvos da PF o juiz federal Julier Sebastião da Silva, o diretor do Detran/MT Gian Castrillon e a empresa Encomind.

Operação Asafe

Tiago Dorileo foi um dos denunciados na Operação Asafe, que investigou os esquemas de vendas de sentenças no Poder Judiciário de Mato Grosso. O neto do desembargador Ernani Vieira, era chamado de "Malandrinho" em um dos diálogos gravados pela Polícia Federal, na Operação Asafe.

O bacharel aparece na denúncia do Ministério Público Federal (MPF) como um intermediador de vendas de sentenças. Na denúncia, a Procuradoria da República vê a presença de graves indícios de autoria e materialidade do delito de exploração prestígio por parte de Tiago Dorilêo.


Atualizado às 11h52
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