A Dependência Química é uma doença que afeta tanto o próprio dependente como seus familiares, com repercussões sociais, profissionais e emocionais para ambos. Ficam expostas a situações, como acidentes de trânsito, brigas e agressões, negligências às crianças, desemprego, dependência e/ou dificuldades financeiras, abandono, criminalidade, outras doenças variadas (AIDS, hepatites, infartos, derrames), perdas transitórias ou permanentes da capacidade de raciocínio. Enfim, provoca desagregamento e adoecimento de toda a família. É o que explica o deputado estadual Antonio Azambuja (PP), médico e presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa.

Atento as deficiências que Mato Grosso enfrenta com a falta de leitos para tratamento de desintoxicação de álcool e droga, Antonio Azambuja, se reuniu com o secretário de estado de saúde, Jorge Lafeta, e pediu apoio no que diz respeito à habilitação do Hospital Bom Jesus para operar nessa área. Segundo Azambuja a unidade de saúde oferece estrutura física para atuar no tratamento desses pacientes.

O proprietário do Hospital e médico, Michel José Mansur, disse que já há na Secretaria Municipal de Saúde, um projeto para a implantação do sistema. Ainda de acordo com Michel há um recurso ministerial aprovado, que esta sendo depositado no Fundo Esporte e Saúde do município (Cuiabá), que deveria estar sendo repassado ao Hospital Bom Jesus.

O deputado visitou a instituição, e verificou que a parte operacional está pronta.

Mansur explicou que para colocar em funcionamento os tratamentos de álcool e droga, depende da aprovação do secretário municipal de saúde, Kamil Fares. “O recurso está depositado na conta do município, porém o repasse não está sendo realizado”, disse o proprietário da unidade.

De acordo Azambuja, até o momento o impasse tem sido tratado na esfera municipal, porém, o Estado pode intervir por ser um problema social que atinge milhares de famílias mato-grossenses.

O secretário de estado, Jorge Lafetá, disse que vai fazer uma visita “in loco” para conhecer as estruturas do Bom Jesus, e ainda solicitar uma equipe da vigilância sanitária do estado para realizar uma vistoria técnica no hospital.