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Operação Aprendiz

Em depoimento, vereadores afirmam que João Emanuel concentrava dinheiro na Presidência

29 Nov 2013 - 12:53

Da Redação - Laura Petraglia / Da Reportagem - Patrícia Neves

O promotor do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público, Mauro Zaque, afirmou que durante o depoimento dos 23 vereadores - somente Domingos Sávio não apareceu - ao Ministério Público ficou claro que eles realmente não tiveram participação na fraude em licitação e desvio de verbas da Câmara Municipal, que deram origem à Operação Aprendiz. Segundo Zaque, os depoimentos ainda trouxeram fatos novos, que apontam desvio de dinheiro por parte do presidente afastado, João Emanuel (PSD).


“Os depoimentos demonstraram que realmente não os outros vereadores não tiveram participação na fraude. Eles corroboraram com as investigações e trouxeram elementos novos para a investigação, que apontam a questão do desvio de dinheiro”, afirmou.

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De acordo com Zaque, os vereadores foram unânimes em dizer que João Emanuel concentrava todo o dinheiro da Câmara na presidência e que isso foi por várias vezes alvo de questionamento por parte dos demais parlamentares. João Emanuel vai ser ouvido novamente, porém o promotor não revelou a data que isso irá acontecer.

Vídeo obtido pelo Grupo de Atuação no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) revela um diálogo no qual o presidente afastado da Câmara Municipal de Cuiabá, João Emanuel (PSD), negocia com uma empresária uma o pagamento por uma área supostamente grilada. Durante os mais de 26 minutos do vídeo original, Emanuel chega a explicar à interlocutora como poderia direcionar uma licitação da Câmara para beneficiá-la.

O presidente afastado afirma à empresária, dona de uma gráfica, que poderia contratar seus serviços para a campanha eleitoral e também “beneficiá-la” com a vitória em um certame no Legislativo Cuiabano. “Se eu quiser fazer um registro de preço nosso lá, a gente faz, coloca um item ai, uma máquina que vocês só tem, ou enfim cria um... Não, não pode colocar [marca] tem que colocar só inspeção de vinte e quatro horas e tal e vocês, enfim, nós pagamos um trabalho lá pra arrumar”, declara.

Na gravação, o parlamentar chega a citar os colegas de plenário, fato que fez com o Gaeco notificasse todos os outros 24 vereadores para prestar esclarecimentos sobre a suspeita de que eles receberiam propina do esquema.
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