Os onze presos acusados de fraudar carteiras de motorista em Mato Grosso, inclusive três funcionários do Detran, sendo dois de Mato Grosso e um Goiás, foram soltos sábado (30), em Barra do Garças. Os alvarás de soltura foram expedidos pelo magistrado Bruno D'Oliveira Marques.  

Presos acusados de fraudar carteiras de motorista são transferidos para MT

Cinco dos acusados saíram por volta da meia-noite e os demais na manhã de sábado, antes mesmo de cumprirem os cinco dias da temporária. No final da tarde de sexta-feira (29) um microônibus da Polícia Civil chegou com mais oito acusados de Goiás e Tocantins para se apresentarem em Barra do Garças e também foram soltos. Os delegados Adilson Gonçalves e Joaquim Leitão Júnior chegaram anunciar que iriam pedir a prorrogação da temporária, mas não conseguiram esse intento.  

Um dos delegados da operação, Wilyney Borges, disse que a soltura não significa que não houve crime e explica que o Judiciário pode entender que houve colaboração dos suspeitos nas investigações e não haveria necessidade de mantê-los presos.

Foram liberados os funcionários do Detran, proprietários de autoescolas e despachantes que recrutavam os candidatos para ter carteira de motorista em Tocantins e Goiás que enviados para Mato Grosso com a promessa de obter a carteira até mesmo sem fazer prova.

De acordo com a investigação, o grupo recrutava candidatos nos três estados dispostos obter a carteira de motorista de forma ‘facilitada’ e eram encaminhados para Barra do Garças e Cáceres em Mato Grosso onde alguns nem faziam a prova e pagavam valores de até 5 mil. Os candidatos beneficiados com as carteiras também foram indiciados.

A investigação teve início em junho de 2012 quando um candidato procurado pelo esquema não concordou com a proposta que recebeu e decidiu denunciar na delegacia.