A aproximação do Partido da República com o senador José Pedro Taques, pré-candidato ao governo de Mato Grosso pelo PDT, não provoca sobressaltos no governador Silval Barbosa (PMDB), diante do risco de perda do principal aliado. “É importante que tenhamos a clareza sobre o momento pré-eleitoral. Essa questão [da conversa do PR com o PDT] é perfeitamente normal na democracia”, ponderou Barbosa.

Embora ainda não tenha acionado o ex-governador e Senador Blairo Maggi (PR), principal líder da agremiação, Silval trabalha para manter os republicanos no arco de alianças governista. A reportagem do Olhar Direto apurou que o governador só irá "cobrar" Maggi se não conseguir contornar, por conta própria, a situação com o PR.

Justamente por sugestão de Silva, o presidente estadual do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, convidou o presidente do PR, deputado federal Wellington Fagundes, para participar da reunião da base aliada, na noite desta quinta-feira (13/01). Também estarão presentes ao encontro os presidentes do PT, William Sampaio, e do PSD, vice-governador Chico Daltro.

“Agora é hora de conversar. A aliança [política] é um casamento para ajudar na administração. Mas pode, sim, ser rompido a qualquer momento”, alertou ele.

Wellington Fagundes tem conversado com Pedro Taques e o presidente do PSB, prefeito Mauro Mendes, sobre a possibilidade do PR indicar o candidato ao Senado na chapa liderada pelo PDT. Barbosa deixou claro que não gosta do encaminhamento. “O ideal é que fiquemos juntos, para disputarmos as eleições com força, num mesmo palanque. Mas o processo democrático exige sacrifícios de parte a parte”, elencou ele.

Silval Barbosa não quis avaliar as supostas propostas vantajosas feitas por Pedro Taques e Mauro Mendes para atrair o Partido da República. “Eu cuido dos que estão no governo e no entorno do PMDB”, desconversou.