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Sábado, 18 de maio de 2024

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Laudo comprova autenticidade de vídeo em que João Emanuel negocia licitação e chama vereadores de "artistas"

Foto: Reprodução

Laudo comprova autenticidade de vídeo em que João Emanuel negocia licitação e chama vereadores de
A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) entregou na segunda-feira (20) um laudo pericial que constata a inexistência de edições de caráter fraudulento no vídeo em que o vereador João Emanuel (PSD) aparece negociando com uma empresária a possibilidade dela ser beneficiada através de uma licitação da Câmara de Vereadores em troca de um terreno. Nesse mesmo vídeo, ele também aparece chamando os colegas do Legislativo Municipal de "artistas" e caçou da sobra de dinheiro na instituição e da necessidade de desculpas esfarrapadas para gastá-lo.


Leia mais: Vereadores usam recesso para adiantar investigação que pode cassar João Emanuel

O laudo pericial foi feito requisitado pelo promotor de Justiça Samuel Frungilo, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), com intuito de garantir a veracidade da principal prova contra João Emanuel nas investigações que culminaram na "Operação ". "Os exames de verificação de edição do registro questionado foram apresentados no capítulo 5, não sendo constada a presença de edições de caráter fraudulento", consta da conclusão da perícia.

Antes de a gravação ser posta a prova, o parlamentar municipal chegou a acusar de ser uma "trucagem" feita sob medida por inimigos políticos. Contudo, todos os testes feitos pelo perito Luiz Vinícius Gontijo Laborda Larrain no laudo nº 2.12.2014.13712-01 dão conta de que não existiu nenhuma armação no conteúdo da prova coletado pelo Gaeco.

Segundo o perito, a única alteração feita no material gravado foi a alteração da codificação de áudio e vídeo da mídia gravada (troca do formato de extensão para uso em diferentes player de vídeo) e a exclusão de alguns segundos iniciais. Entretanto, nenhum corte, descontinuação ou sobreposição foi encontrado na gravação.

Operação Aprendiz

Segundo o Gaeco, João Emanuel grilava imóveis e os utilizava como garantia para agiotas, a fim de captar recursos para campanha eleitoral de 2014, na qual concorreria ao cargo de deputado estadual. Os proprietários dos terrenos seriam pagos com ofertas de participação em processos licitatórios fraudados na Câmara Municipal.

A gráfica Documento é um dos empreendimentos com participação suspeita em licitações. A empresa venceu o pregão presencial 015/2013 e firmou o contrato 001/2013, o primeiro da atual gestão de João Emanuel. A favor da empresa foram empenhados mais de R$ 1,6 milhão para prestação de serviços gráficos e fornecimento de material de expediente para escritório.

Na gravação em questão, João Emanuel negocia com uma empresária a possibilidade de fraudar uma licitação em favor da empresa do filho dela a fim de evitar que fizesse algum escândalo ou entrasse na Justiça após descobrir ter tido um terreno grilado, com direito a fraudes em escrituras cujo vereador peessedista teria tido participação direta.

Então, durante a suposta negociata, João Emanuel diz que teria de repassar parte da verba aos outros vereadores. Eis que ele dispara a máxima: “Lá só tem artista”. De acordo com texto da investigação, caso os vereadores deixarem de cassar João Emanuel, eles terão aceitado como verdadeiras as afirmações do peessedista no vídeo.

Confira laudo do Politec aqui
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