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Sábado, 18 de maio de 2024

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FIM DA ERA ARCANJO

Retorno de Arcanjo não representa perigo, avaliam autoridades da segurança pública

Retorno de Arcanjo não representa perigo, avaliam autoridades da segurança pública
Autoridades da área de segurança pública afirmam que o retorno do homem tido como chefe do crime organizado em Mato Grosso, João Arcanjo Ribeiro, não representa mais perigo. “O retorno dele não traz nenhuma preocupação. Quando ele chegar o fim de sua pena será um cidadão comum. Ele terá total direito de morar onde quiser, mantendo a civilidade”. A fala é do secretário de segurança pública, Alexandre Bustamente.


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João Arcanjo pode ser transferido nos próximos dias para capital do Estado já que a juíza da 1ª Vara Federal, Juliana Maria da Paixão, de Porto Velho, negou o pedido para que fosse renovada a custódia na Penitenciária Federal de Segurança de Porto Velho (RO).

Segundo Alexandre Bustamente, caso Arcanjo volte a cometer crimes será punido. ‘Pode até mesmo ser transferido novamente e voltar para o sistema prisional federal”, declarou.

O comandante geral da Polícia Militar, coronel Nerci Adriano Denardi, pontua que não vê problemas na transferência de João Arcanjo considerando as ações desenvolvidas pela segurança pública ao longo dos anos. "Com certeza vivemos um momento diferenciado”, afirmou.

O temor quanto à infuência do bicheiro baseia-se no fato de que, mesmo preso na então Penitenciária do Pascoal Ramos em Cuiabá, Arcanjo foi apontado pelo Ministério Público Estadual (MPE) no ano de 2007 ainda como sendo o mentor de um esquema de exploração do jogo do bicho e lavagem de dinheiro.

Com a deflagração da Operação Arrego resultou na prisão de policiais militares, investigadores da Polícia Civil e um advogado também foram presos na operação. Após a ação, ele foi transferido para um presídio de segurança máxima em Campo Grande (MS) e no passado, novamente, para Rondônia.

João Arcanjo está preso desde o mês de abril de 2003 ao ser flagrado escondido no bairro Carrasco, em Montevidéu, no Uruguai. Ao longo de quase uma década, sua defesa protocolou centenas de recurso pleiteando a sua liberdade. Apesar das tentativas, a Justiça Federal o manteve segregado em unidades prisionais federais de segurança máxima.

Acusado de crimes como contrabando, porte ilegal de arma, lavagem de dinheiro, exploração de jogo do bicho e assassinatos, ele somente recebeu uma condenação por crime contra à vida no ano passado. O bicheiro foi condenado a 19 anos de prisão em outubro do ano passado, em regime inicialmente fechado, pela morte do empresário Sávio Brandão. O proprietário do Jornal Folha do Estado foi executado em 2002 em frente a obra da nova sede do periódico no bairro Consil, em Cuiabá. O crime teria sido cometido como vingança a veiculação de uma série de reportagens evidenciando a influência e os crimes de Arcanjo.

Ele ainda deverá ser julgado pelas mortes de Mauro Sérgio Manhoso, Rivelino Jacques Brunini, Fauze Rachid Jaudy, Valdir Pereira, Leandro Gomes dos Santos, Celso Borges, Mauro Celso de Moraes. Há ainda uma tentativa de homicídio contra Gisleno Fernandes. Todos os delitos foram registrados entre os anos 2000 e 2002, em Cuiabá e Várzea Grande, para manter sólida a organização por ele chefiada.  As bases da organização criminosa liderada por Arcanjo começaram a ruir a partir da Operação Arca de Noé, que completou 11 anos em 5 de dezembro do ano passado.
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