Apenas 3% dos quase 1700 trabalhadores dos Correios que atuam em Mato Grosso entram em greve nesta quinta-feira (30). A adesão ocorreu na noite de quarta-feira (29), durante assembleia geral da categoria. O grupo alega que houve descumprimento de um dissídio coletivo firmado entre a empresa de Correios e Telégrafos e seus trabalhadores na última greve da classe em outubro de 2013.

Leia mais: Empresa descumpre acordo e Correios votam indicativo de greve nesta quarta-feira

No dissídio firmado junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), a empresa se comprometeu em não privatizar o plano de saúde da categoria, o Correio Saúde, sem antes entrar em um acordo com os trabalhadores. Porém, segundo o Sindicato dos Servidores da Empresa de Correios e Telégrafos (Sintect/MT), depois da realização de várias reuniões entre a empresa e a categoria, a empresa deliberou que “com greve ou sem greve a privatização iria acontecer”.

Atualmente, o plano de saúde dos correios oferece um descontado em seu salário cerca de 10 a 20%, entretanto, com a privatização o valor poderá ser majorado. Segundo Alexandre coordenador do Sintect/MT, hoje mais de 125 mil trabalhadores no país possuem o plano.

“Todos são contemplados pelo plano de saúde que atende não apenas os funcionários como também os dependentes, o que aumenta o número de beneficiários para cerca de 400 mil usuários”, detalha o sindicalista.

Ainda segundo o Sintect/MT, além do descumprimento do acordo, os trabalhadores dos correios no estado reivindicam por mais segurança nas agências e o fim da perseguição política dos funcionários. Nesta manhã, a categoria estará reunida na Praça da República, centro de Cuiabá. Na ocasião eles irão deliberar sobre a pauta de mobilização.