Caso o governo do Estado implante, conforte divulgado, 4 praças de pedágio entre Cuiabá e Campo Verde (130 km da capital), na MT-251, a população do município sofreá impactos negativos em diversos setores, uma vez que a cidade, de 34 mil habitantes, é muito dependente da capital, segundo afirma o presidente da Câmara Municipal, o vereador José Humberto dos Santos (SDD), o “Zé Barbeiro”.

Para o chefe do Legislativo, o comércio de Campo Verde seria muito influenciado. “Nós dependemos de Cuiabá. Todo o comércio daqui depende da capital. Tudo já é mais caro que lá por conta disto e, se houver pedágios pelo caminho, o comércio terá de reajustar ainda mais os preços”, comentou, em entrevista ao Olhar Direto.

O vereador também lamenta pelos pequenos agricultores, que não dispõem de muitos recursos e necessitam ir à capital para vender sua produção.

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A população também seria afetada em termos de serviços, principalmente médicos. Na cidade, não há muitos atendimentos especializados e muitas consultas e exames só podem ser feitos em Cuiabá, demandando o deslocamento dos moradores até lá.

“Nós ainda temos estudantes, que todos os dias enfrentam essa estrada para ir a suas faculdades. Muitos já fazem isso com dificuldade. Será que o impacto financeiro vai permitir continuar?” questiona José Humberto.

Laysla Morandini é moradora de Campo Verde e, assim como muitos colegas, vai todas as noites a Cuiabá para fazer faculdade. Ela comenta que os custos para conseguir estudar na capital já são altíssimos e, com os pedágios, ficariam mais ainda. Ela também questiona os altos valores pagos de IPVA.

Além disso, a estudante lembra que o trecho da rodovia que liga Primavera do Leste a Poxoréu (estrada que muitos moradores de Campo Verde tomam para a outra cidade de apoio na região, Rondonópolis) tem pedágio e está muito esburacada. “Essa rodovia tem mais buracos que muita rodovia sem pedágio na região”, reclama a estudante, com receio que os novos pedágios sigam esta linha.