A tese de um latrocínio – roubo seguido de morte - não é a única linha de investigação apurada pelo delegado Walfrido Nascimento, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela identificação da autoria e motivações da morte da comerciante Andrea Canuto Tirapele, 41 anos, morta em 6 de fevereiro.

Família relata indignação com exposição de empresária encontrada em Corolla; R$ 800 e celular desapareceram
Mulher é encontrada seminua e degolada dentro de Corollla do marido em beira de estrada

“Não descarto nada. O que foi nos apontado não nos convence até momento, nos orienta quanto a um latrocínio, mas existem outros pontos que fazem com que tenhamos maior cautela. Não posso fazer afirmar que se trata de um latrocínio”, declarou o delegado ao Olhar Direto. Ainda na quarta-feira diligências foram realizadas sobre o caso.

A mulher foi encontrada no porta-malas de seu carro, um Corolla, na estrada de acesso a comunidade de Passagem da Conceição por volta das 13h do dia 6, após ela permanecer desparecida por cerca de cinco horas. Acredita-se que ela tenha sido rendida quando chegava em frente ao mercado de sua família no bairro Jardim Botafogo, que fica perto de onde seu corpo foi deixado.

Andrea foi esqueada e deixada nua no porta-malas do carro que foi deixado com as portas abertas e com suas exposta nos bancos traseiros. Do interior do seu carro desapareceram um aparelho celular e cerca de R$ 800 que ela transportava em sua bolsa, mas o que despertou à atenção é justamente o fato da bolsa ter sido deixada, assim como as joias que ela usava, além do carro que é um ‘alvo’ comum para criminosos.

A tragédia recente deixou órfãos de mãe uma adolescente de 16 anos e uma criança de 11 anos. Andrea era casada há 17 anos com empresário Jean Canuto. “Para a família é sempre muito angustiante não saber o que aconteceu”, relatou a reportagem o irmão de Andrea, Evandro Tirapele. Para à família é estranho o fato dos bandidos terem deixado o carro abandonado no meio do mato.