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Domingo, 26 de maio de 2024

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Exonerado após investigação de 2 anos, professor da UFMT negou fraude cientifica durante todo o processo

Foto: Reprodução

Exonerado após investigação de 2 anos, professor da UFMT negou fraude cientifica durante todo o processo
Demitido depois de um longo processo administrativo disciplinar, o ex-professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Denis de Jesus Lima Guerra negou a fraude cientifica durante toda a ação instaurada pela instituição. Conforme o professor Francisco Souto, que compôs a comissão que investigou o caso, até então inédito no Brasil.


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“Ele nunca admitiu a fraude, é um cientista e tentou levar a comissão, com termologias que poderia ser convincente para algum leigo no assunto”, contou Francisco Souto que hoje é superintendente do Hospital Júlio Muller.

Denis Guerra foi demitido da UFMT depois de ter forjado onze artigos anulados pela Elsevier, maior editora científica do mundo. Além dele, outros coautores dos artigos também foram penalizados.

Pela alta complexidade do caso, a Comissão foi composta por membros de outros estados entre eles procuradores federais, sendo esse um dos fatores que estendeu o processo além do tempo estimado. “Na época não existia nenhuma legislação sobre o assunto, não apenas na instituição, mas no Brasil. Pois não é rotineira casos como esses na comunidade científica”, explicou Souto.

Dessa forma, o grupo guiou-se pela legislação pública federal e as penas previstas em seus parágrafos. Só assim, o pesquisador condenado pode ser demitido, no dia 13 de janeiro deste ano, com base em cinco infrações administrativas.
Além da instauração do processo administrativo contra Denis Guerra, a Comissão investigadora também recomendou que a UFMT criasse uma legislação própria para lidar com episódios como afins.

Com as fraudes, Denis Guerra conquistou notoriedade e ascensão acadêmica dentro da instituição. “Devido a grande produtividade cientifica, que geralmente é um processo demorado, em um curto espaço de tempo, creio que entre 2008 e 2011, fez dele um dos docentes de grande visibilidade acadêmica”, explicou Souto.

O envolvimento do nome da instituição com o caso fez com que o a UFMT agisse para se isentar. “O fato deixou a comunidade acadêmica muito triste e a única maneira de provar que a instituição não tinha relação com isso, era dar início ao processo administrativo que foi seguido desta punição”, destacou Francisco.

Francisco Souto ainda pediu desculpas à comunidade cientifica pelo fato e afirmou que parte da instituição foi feita. Ele ainda alertou para o fato de a ciência estar crescente no mundo, aumentando assim a competitividade. “No rastro dessa competitividade estão as fraudes e nenhuma instituição está livre de sofre com casos como esse”, frisou.

Quanto à imagem deixada por Denis Guerra na comunidade cientifica, Souto concluiu que esta é “uma mácula que será difícil de vencer”.

A reportagem tentou entrar em contado com Denis Guerra, porém a UFMT declarou que, como ele já não faz parte do corpo de docente da instituição, ela está impedida de divulgar o telefone dele.
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