Embora não haja perspectiva de abertura de vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE), o ex-secretário Éder de Moraes Dias, de Fazenda e da Secopa, cobrou publicamente o governador Silval Barbosa (PMDB) e o senador Blairo Maggi (PR), à epoca seus ‘padrinhos’, prioridade na indicação para a cadeira, em caso de vacância. “Houve um compromisso em 2009 e, depois, reiterado em 2010 com o governador Silval e o senador Blairo, assegurando-me a primeira vaga no TCE que fosse aberta para indicação do Poder Executivo. Se o compromisso vai ser desfeito, então, desejo ao menos ser ouvido”, afirmou Eder, para a reportagem do
Olhar Direto.
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“Quero que aqueles que me deram a palavra de que a primeira a vaga a ser aberta no tribunal ao menos me procurem e me informem o que está acontecendo. Eu não vou mais aceitar ser ‘patrolado’ por ninguém” observou Moraes Dias.
Blairo Maggi teria lhe garnatido que o indicaria como conselheiro num encontro realizado em 2009, em que foram indicados os conselheiros Sérgio Ricardo e Humberto Bosaipo.
Silval Barbosa disse através da assessoria que não iria se manifestar sobre assunto que desconhece. “É um tema que o governador só vai abordar quando houver de favo uma vaga aberta no Tribunal e não simples diz-que-diz na imprensa”, argumentou a assessoria.
O presidente em exercício da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Romoaldo Junior (PMDB), disse que também desconhece qualquer acordo e vai além. “O nome menos provável que seja aprovado no plenário do Poder Legislativo é o do senhor Eder Moraes”, ponderou Romoaldo, para a reportagem do
Olhar Direto, por telefone, nesta sexta-feira (07/03).
Estariam à espera de vagas para indicação o atual vice-governador Chico Daltro, presidente do PSD e secretário de Estado das Cidades;e a primeira-dama Roseli Barbosa (PMDB), ex-secretária de Trabalho e Assistência Social.
Formalmente, não há informação sobre conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso. Existem especulações sobre as possíveis aposentadorias dos conselheiros conselheiros José Carlos Novelli e Antônio Joaquim Neto. Também era esperada para o final do ano passado a aposentadoria do conselheiro afastado Humberto Bosaipo, mas não há previsão de se concretizar. Novelli negou através da assessoria qualquer possibilidade de se aposentar, no momento.
Por determinação constitucional, o TCE é composto por sete membros, sendo quatro indicados pela Assembleia Legislativa e três pelo governador. Todavia, das vagas destinadas ao Poder Executivo, a primeira que abrir obrigatoriamente será ocupada por um conselheiro substituto. E, quando houver, a segunda, por um procurador do Ministério Púbico de Contas.
Atualmente, o são indicados pelo governador os conselheiros Antônio Joaquim Neto, José Carlos Novelli e Valter Albano.