Prestes a deixar o cargo vitalício no Poder Judiciário para disputar o governo de Mato Grosso, o juiz federal Julier Sebastião da Silva se filia ao PMDB no próximo dia 2, na condição de pupilo dos cardeais da legenda, para ser apresentado como ‘fato novo’ nas eleições de outubro. A reportagem do Olhar Direto apurou que, para interlocutores, ele disse nesta terça-feira que vai “percorrer Mato Grosso para conquistar mentes e corações”.

Eder afirma que foi "triturado" no Escândalo dos Maquinários, mas teve paciência para esperar a Justiça agir
Ministro da Micro e Pequena Empresa defende candidatua de Chico Daltro ao governo do Estado

Julier Sebastião terá uma filiação de gala, no Diretório Nacional do PMDB, em Brasília, com direito a ficha abonada pelo vice-presidente Michel Temer e senador José Sarney (AP), entre outros, caciques da agremiação. Pela legislação eleitoral, ele teria prazo até 5 de abril – seis meses antes do pleito – para pedir exoneração do cargo de magistrado.

Para ingressar na vida pública, Julier terá de se demitir da Justiça Federal para ingressar na vida pública como candidato. Antes da Constituição da República promulgada em 1988, não existia essa obrigatoriedade.

Caso seja confirmada a candidatura de Julier a governador, a tendência é de que seu vice seja oriundo do agronegócio. E, nesse contexto, os mais cotados são Eraí Maggi (PP); Rui Prado (PSD), presidente da Federação da Agricultura (Famato); ou Carlos Fávaro (PP), presidente da Associação dos Produtores de Algodão (Ampa).

Desde que se interessou por ingressar na política eleitoral, Julier sondou diversos partidos, mas era cristalina a sua preferência em se filiar ao PT. diante de divergências internas no Partido dos Trabalhadores, em especial por conta da pré-candidatura do ex-vereador Ludio Cabral ao governo de Mato Grosso, a filiação de Julier no PT acabou não acontecendo.

Com a definição da filiação de Julier Sebastião da Silva e sua disposição em concorrer nas eleições, a escolha dos nomes que vão compor a chapa majoritária pró reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT) está menos obscura. Além dele, também têm pretensões, Lúdio Cabral (PT), o vice-governador Chico Daltro (PSD) e o ex-prefeito Maurício Tonhá, o ‘Maurição da Água Boa’ (PR).

Existe um consenso de que o nome escolhido terá o apoio de todos os aliados de Dilma – leia-se PMDB, PT, PR, PSD, PP, PROS, PCdoB, PSC e PRB. São esperados para os próximos dias pelo menos mais três legendas emergentes. (Colaborou Jardel Arruda).