A Semana Nacional de Humanização do Ministério da Saúde, de 07 a 11 de abril, trouxe nessa quarta-feira (09) aos reeducandos e servidores do Centro de Ressocialização de Várzea Grande a palestra "Aalimentação como saúde, direito e humanização aos reeducandos”, organizada pela Gerência de Serviço de Alimentação da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh/MT).
A nutricionista da unidade prisional, Cláudia Ourives Figueiredo de Souza, falou do trabalho realizado com os reeducandos que visa "integrar o nosso trabalho aliado à saúde e a educação, juntamente com a equipe de saúdedas unidades. Tendo que a alimentação como fator importante em se manter uma boa saúde física, e como direito e humanização dos reeducandos como diz na lei”.
A humanização é uma política estabelecida no Sistema Único de Saúde (SUS) para "ofertar atendimento de qualidade, articulando os avanços tecnológicos com acolhimento, com melhoria dos ambientes de cuidado e das condições de trabalho dos profissionais, tornando mais humana a relação com o usuário”, conforme o Ministério da Saúde - HumanizaSUS: Política Nacional de Humanização-PNH. 2004. Um dos princípios norteadores da PNH é o fortalecimento de trabalho em equipe multiprofissional, de estimular a transdisciplinaridade e a grupalidade.
O evento foi proposto pela equipe técnica da Gerência de Serviços de Alimentação da Sejudh, e realizada em conjunto com a equipe de saúde do CRVG, visando mostrar que a Alimentação é um Direito Humano conforme Artigo 6º da Constituição Federal de 1988. Além disso, a Lei de Execução Penal (LEP): Lei nº 7.210 de 11 de Julho de 1984, no seu artigo 41 diz: Constituem Direitos do Preso a “alimentação suficiente e vestuário”.
O chefe de disciplina do CRVG, Domingos Savio Souza Chagas, destacou que “este tipo de ação vem para conscientizar tanto os servidores quanto os reeducandos, sobre a importância que uma boa alimentação também contribui com o processo de ressocialização, deixando eles mais tranquilos e valorizados como seres humanos que são”.
“É muito bom receber essas orientações sobre a nossa alimentação, do que podemos consumir, como é tratado o alimento até chegar até nos. E este contato com as pessoas que vem de fora tira a visão de que aqui dentro só tem gente ruim. Ficamos agradecidos com essas pessoas que tem essa iniciativa, e acreditam e estão preocupados com o nosso bem estar”, disse Alexandre Marques, um dos 72 reeducandos que participaram da palestra.
