A sexta reunião dos dirigentes de partidos aliados da base governador Silval Barbosa (PMDB), ocorrida na noite desta segunda-feira (05), no auditório do Hotel Paiaguás, decidiu que a verdadeira definição será na próxima reunião, prevista para 15 de maio, quando serão apresentados os critérios para escolha do candidato a governador. Por sugestão de PT e PMDB, o prazo ficou em 10 dias, já que havia pedidos de até quatro semanas.

Sem Blairo Maggi, cúpula do PR racha sobre quem apoiar para governador; deputados pensam em reeleição

Embora o presidente do PR, deputado federal Wellington Fagundes, tenha participado da reunião com os aliados, a tendência é de que, sem o ex-governador e senador Blairo Maggi à frente do processo, a legenda vá somar-se ao grupo de oposição. O prefeito Mauro Mendes, presidente do PSB, teria assegurado ao PR a vaga para a disputa do Senado, na chapa encabeçada pelo senador José Pedro Taques, pré-candidato a goverandor pelo PDT.

Fagundes saiu da reunião antes de seu término e deixou claro que esperava finalizar o encontro com o seu nome referendado como pré-candidao ao Senado, por ser a principal bandeira republicana, tendo aval inclusive dos sete deputados estaduais - martelo foi batido em almoço nesta segunda-feria (05), na residência do deputado estadual João Antônio Malheiros (PR). Todavia, não houve decisão favorável ao PR e o Wellington desceu a escada da sobreloja do Hotel Paiaguás demonstrando um visível descontentamento.

"Nós não deixamos de participar de nenhuma reunião [da base aliada] até o momento. Mas a candidatura do PR ao Senado não foi uma decisão pessoal, mas, sim, da Executiva Regional e dos deputados estaduais", alertou ele.

Sem a presença do presidente do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, coube ao presidente do PSD, vice-goverandor Chico Daltro, a coordenação do encontro. Ele preferiu não dar atenção à ameaça de dissidência manifestada por Fagundes.

"Eu confio nele e na palavra do senador Blairo Maggi, que desde o começo estão conosco. E não vou fazer análises sobre suposições que não vejo cabimento", respondeu Daltro, diante da insistência dos repórteres em questioná-lo sobre a possível saída do PR da base aliada.

Escaldado por diversos mandatos eletivos, o ex-senador Márcio Lacerda, da Executiva do PMDB, citou que há maturidade no grupo e que existe a certeza sobre a importância de se manterem unidos. "Divididos somos fracos. Mas se for mantidade essa unidade, como está acontecendo, vamos para o embate em condições reais de vitória", pontuou Lacerda.

O pré-candidato a goverandor pelo PT, ex-vereador Lúdio Cabral, preferiu enaltecer o afunilamento do debate para a definição dos critérios. "Na próxima reunião, cada partido vai trazer por escrito quais critérios considera importantes para escolha do candidato a governador. Isso é democrático e demonstra maturidade do grupo", pontuou Cabral.