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Terça-feira, 14 de maio de 2024

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A luta de uma mãe

Dois anos após ter a filha atropelada e morta, educadora faz campanha para capturar foragido

Foto: Álbum de Família

Kennya Foscarini Alves, foi atropelada e morta aos 16 anos

Kennya Foscarini Alves, foi atropelada e morta aos 16 anos

Dia das Mães nunca mais foi o mesmo e nem será para a educadora Marlene Foscarini, que chora diariamente a morte da filha Kennya Foscarini Alves, estudante que tinha 16 anos, quando teve a vida brutalmente interrompida em março de 2012, ao ser atropelada por Frank Rademak Almeida Silva, 38, que estava dirigindo embriagado. Ele é considerado foragido da Justiça.


“O dia das mães é alegria, festa, comemoração. O meu é uma tristeza sem fim. Pois não tenho mais a filha que tanto amava ao meu lado. Não tenho alegria. Aquele homem [Frank Almeida] acabou com a nossa alegria. Era a alegria da minha casa, que agora se tornou um silêncio absoluto”, desabafou a inconsolável mãe em entrevista ao Olhar Direto.

Kennya, que cursava o ensino médio e se preparava para prestar vestibular, foi atingida pelo carro quando saía da Escola Estadual Pascoal Ramos, em Cuiabá. Era fim de tarde de uma quinta-feira e a jovem voltava para casa quando foi atropelada por Frank Rademar. Um garoto também foi atropelado, mas sobreviveu e é uma das testemunhas do caso.

O processo tramita na Décima Quarta Vara Criminal da Capital e possui um mandado de prisão expedido contra o suspeito. O processo, por determinação judicial, está suspenso até que Frank se apresente ou seja capturado pela polícia. A medida é para evitar a prescrição.

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Testemunhas relataram que a menor foi arrastada por alguns metros, já que o motorista não parou e nem prestou socorro. Populares, revoltados com a situação, tentaram retirar a chave do carro do atropelador, mas ele conseguiu fugir, parando alguns metros adiante da tragédia, depois de bater em um muro.

A estudante foi socorrida e levada ao Pronto-socorro de Cuiabá, onde ficou internada por 20 dias e morreu em decorrência dos ferimentos causados pelo atropelamento. Frank foi preso em flagrante e liberado dias depois, com dispensa do pagamento de fiança, após se comprometer a comparecer em juízo para acompanhar as audiências sobre o caso.

Com a morte da estudante, temendo responder a um processo por homicídio doloso – pois assumiu a responsabilidade ao dirigir embriagado e sem habilitação-, Frank empreendeu fuga e nunca mais foi visto no bairro que morava, o Pascoal Ramos, em uma casa a cerca de quatro quadras de onde reside a família enlutada de Kennya.

"Eu já procurei a mãe dele [Frank] e fiz meu desabafo. Eu também a culpo por ter dado um carro para um filho que não tinha nem habilitação. Ela também tem culpa nisso e também em esconder o filho. Só eu sei o que tenho passado. É como sentir-se morta em vida", relatou a leitora do Olhar Direto, que procurou a reportagem para divulgar a sua busca. 

Frank Almeida é procurado pela JustiçaMesmo foragido, Frank (foto ao lado) responde a um processo por dano qualificado, lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, omissão de socorro, fuga do local dos fatos para fugir das responsabilidades penais e civis e direção de veículo automotor sem habilitação.

O estudante que foi atropelado juntamente com Kennya disse em depoimento que sua colega foi atingida em cheio pelo carro que era dirigido por Frank, que a arrastou por vários metros, tendo ela se soltado do carro quando o acusado passou por um quebra-molas. A menor também foi atingida pelo quebra-molas, causando várias escoriações.

Quem tiver informações sobre o paradeiro do acusado pelo telefonar, de forma anônima, para o número 190 ou 65-3661-2132.

“Lançamos uma campanha na internet, redes sociais, para divulgar a imagem desse homem para quem sabe ele ser capturado. Acreditamos que a Justiça será feita. Amigos, família tem nos ajudado. Esperamos que a imprensa possa nos ajudar a divulgar essa história, para que não caia no esquecimento. Esperamos por Justiça, para que possamos ter um pouco de paz em nossas vidas. Mas, a falta de minha filha jamais passará”, finalizou a mãe.
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