O comandante geral da Polícia Militar, coronel Nerci Adriano Denardi, declarou que oficialmente não há nenhum comunicado quanto a uma possível paralisação dos oficiais e praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, que se mobilizam em busca de uma reestruturação salarial que chega ao percentual de 40% dos soldos. “O que existe é um diálogo para que a reestruturação salarial seja efetivada. A tropa está trabalhando normalmente”. Questionado sobre as informações repassadas à imprensa pelo presidente da Associação dos Oficiais de Mato Grosso (Assof), major Wanderson Nunes, quanto à negativa do Governo do Estado em conceder a reestruturação salarial aos militares, ele afirmou que ‘o que existe não se trata de uma negativa e, sim, da inviabilidade orçamentária”. 

Mais de 1000 militares lotam AL e ameaçam parar na Copa; governo nega reestruturação

Na tarde de terça-feira (13), mais de mil militares se reuniram no ginásio Verdinho, no bairro CPA 2, em Cuiabá, para debaterem sobre uma possível paralisação, antes do período da Copa do Mundo. Após deliberarem positivamente, saíram em carreata para Assembleia Legislativa, na expectativa de que os parlamentares possam garantir a interlocução com o Governo, no entanto, os presidentes das Associações de Oficiais, de Cabos e Soldados e de Sub-tenentes, tem urgência na negociação. A reunião terminou com o agendamento de uma reunião para às 15h de quinta-feira (15), na sede do Governo, conforme a assessoria das Associações dos militares.

Denardi declarou ao Olhar Direto que o ‘Governo deve seguir a Lei de Responsabilidade Fiscal e que já existe um comprometimento de mais de 58%”. Sobre a adesão a um protesto pela tropa, o que é vetado em inciso do artigo 142 da Constituição Federal. Ele afirmou que em caso positivo de protesto, todas as medidas cabíveis para apurações administrativas serão adotadas.

O presidente da Associação dos Oficiais de MT, major Wanderson Nunes, informou que a expectativa é que ainda hoje se tenha uma resposta quanto a uma agenda para deliberações com o governo. “Em caso negativo, ainda nos reuniremos em assembleia para definição dos rumos do movimento”. A reestruturação salarial proposta para oficiais e praças prevê uma reestruturação atingindo percentual de R$ 40% . Esse montante seria dividido em quatro parcelas - julho e dezembro de 2014 - e maio e dezembro de 2015. 

O secretário de segurança pública de Mato Grosso, Alexandre Bustamente, afirmou que 'confia no compromisso dos policiais militares com à sociedade matogrossense e com o dever de responsabilidade para com o Estado".

*Atualizada às 21h05