Uma das vítimas da tentativa de chacina no bairro Nova Esperança, em Cuiabá, o comerciante Francisco de Assis Engel, de 55 anos, segue internado em coma no Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC). Ele foi atingido com um tiro na nuca e a bala se alojou na cabeça. Ele também foi atingido com um disparo A informação é da esposa, dele Francisca, que o acompanha na unidade de saúde. Além, dele foram baleados ainda Ariovaldo Lana Pinto, de 55 anos e Milton Santiago Pereira. Eles estava no meio da avenida principal do bairro, onde acontecia uma feira, quando foram atingidos. Os disparos foram feitos por um homem que conseguiu escapar em meio ao pânico instalado no local.
24 horas após chacina, mais 3 são baleados no mesmo bairro em Cuiabá e ninguém é preso
Segundo a esposa da vítima, eles possuem um restaurante instalado às margens da BR-364, próximo ao posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e ele já estava se preparando para ir embora quando resolveu retornar ao mercado e comprar cebola e temperos verdes. “É tudo muito difícil o que tá acontecendo. Essa violência”, conta a mulher.
No bairro Nova Esperança, o clima era de preocupação entre os moradores na manhã de hoje (15). Aqueles que se dispuseram a conversar com a reportagem optaram pela omissão das identificações e profissões, temendo represálias.
Morando a menos de 100 metros do local dos disparos, uma dona de casa relatou que a feira do bairro estava repleta no momento da confusão. “Era cedo. Tinha muita gente mesmo. E nos relatam que teve mais tiros ainda ontem. Não sei onde vamos parar”. A mulher mora no bairro há 1 ano.
Outro morador, que há seis anos optou pela região, relata que a Polícia Militar realiza rondas, mas nem sempre as mesmas surtem efeito positivo. ‘Os caras chegaram atirando. Dá muito medo de morar aqui”. Assaltado duas vezes, no prazo de dois anos, sempre por criminosos de cara limpa, um comerciante frisa que os criminosos da região não se incomodavam em esconder o rosto. Nas duas vezes em que teve o comércio roubado, os prejuízos variaram entre R$ 600 e R$ 700.
Os tiros foram registrados, cerca de 24 horas depois de um triplo assassinato ocorrido no bairro que vitimou Claudemir de Souza, de 27 anos, seu irmão, o serralheiro Thiago Alexandre Santos de Souza, o “Cabralzinho”, de 35, e Bruno Silva Assunção, de 18. Cabralzinho é um velho conhecido da Polícia e possuía diversas passagens criminais. Até o momento não há presos em nenhum dos casos.
