‘Festas’ realizadas em casas alugadas com essa única finalidade vêm servindo ao aliciamento e exploração sexual de menores em Cuiabá. Falsos promotores de eventos já são alvos de uma investigação iniciada pela Delegacia Especializada em Adolescentes (DEA) de Cuiabá. Somente em 2014, a unidade policial já instaurou um total de 929 inquéritos instaurados. A tecnologia, mais uma vez, é empregada para a prática criminosa.

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Responsável pela unidade policial, o delegado Paulo Araújo, informa que existem atividades legalmente constituídas que contam com profissionais da área do entretenimento na organização. Salienta que esses empresários do ramo de entretenimento não possuem relação alguma com a investigação.

“‘Inclusive constatamos que possuem alvará para a realização de festas e realizam matinês, entre 14h e 22h, sem uso de bebidas alcóolicas justamente considerando a presença de menores”. O problema, pondera, é quanto as pessoas que se aproveitam e promovem barbáries vendendo uma falsa ideia de festa. Ele conta que para poder dar início a investigação mais de R$ 350 já foram investidos com recursos próprios para que os mentores do esquema sejam identificados. A grande dificuldade, avalia, é quanto ao reduzido número de investigadores da unidade, são dois para o plantão e um no expediente.

Ele destaca que os falsos promotores de eventos empregam o aplicativo WhatsApp para combinar os encontros, assim como as redes sociais. Além da rápida propagação do evento, o público feminino recebe como ‘incentivo’ a participação a entrada gratuita nas festas.

Para o delegado, o advento da Copa do Mundo em Cuiabá poderá vir a aquecer o ‘mercado do sexo’, porém, ele pontua que existe um plano delineado para o combate a exploração e aliciamento sexual especificamente nesse período em uma rede de proteção constituída com essa finalidade.