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Quinta-feira, 09 de maio de 2024

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Violência

Com mais de 100 execuções em 3 meses, população está aterrorizada

Foto: Olhar Direto

Com mais de 100 execuções em 3 meses, população está aterrorizada
Nos últimos três meses, Cuiabá e Várzea Grande se transformaram em palco de uma série de execuções o que tem despertado à atenção sobre o combate a criminalidade nos dois municípios que juntam abrigam a cerca de 900 mil pessoas. Em apenas 15 dias do mês de maio, foram registradas 26 mortes. Já em abril outras 53 e o mês de março, 36, acumulando 115 mortes. O questionamento sobre a atuação de um grupo de extermínio chegou a ganhar repercussão considerando o número de mortos e o perfil das vítimas, que em sua maioria, possuíam algum histórico criminal.


Bando que promovia assaltos e tortura vítimas é desarticulado

Nesse período foram registradas duas chacinas – uma que vitimou três pessoas no bairro São Mateus, periferia de Várzea Grande e deixou outras três feridas, e uma no bairro Nova Esperança em Cuiabá, resultando em um saldo de outras três mortes.

Para o professor doutor e pesquisador do Núcleo Interinstitucional de Estudos da Violência e Cidadania, Naldson Ramos, incidem sobre os números erros históricos. “O poder público tem agido desconsiderando o contexto social. É o mesmo que enxugar gelo, somente se combate os efeitos da violência e não a causa”.

O pesquisador pontua ainda que o sentimento de impunidade, diante de uma quantidade expressiva de crimes em detrimento da resolutividade e permanência na prisão dos responsáveis, acaba por favorecer a grupos que disputam territórios.
“Em muitos casos não há uma testemunha e na sequência aparecem duas, três mortes, e o sistema não apresenta a resolução. Como o sistema de justiça criminal não tem respostas pronta, mesmo desarmada fisicamente, mas com um espírito bélico a população passa a acreditar que a solução é dar jeito com as próprias mãos”.

Há 30 anos atuando junto a Polícia Militar no Estado, o coronel Osmar Lino Farias, ex-comandante geral da Instituição e atual secretário adjunto de Segurança Pública, os investimentos em tecnologia e no setor de inteligência são maciços. “Todo o trabalho é realizado com base no que chamamos de áreas quentes. Há um planejamento de ações, baseadas e georreferenciamento”.

Para ele, apesar dos números de homicídios, não existem elementos que indiquem se trate de um grupo de extermínio em atuação. “Percebe-se que as pessoas que estão morrendo possuem distanciamento das ações policiais o que potencializa, as deixa mais vulneráveis”.

Em recente entrevista ao Olhar Direto, o titular da pasta, Alexandre Bustamente, pontuou que a segurança pública acaba sendo o escape de problemas que tem origem social. Frisou ainda que as ações são delineadas mediante intenso planejamento de análises criminais. “Mas não adianta tratar apenas uma vertente. Quando a família já não consegue mais controlar desagua na segurança pública. Ele também é um defensor de um sistema penal mais severo, o que incide no índice de confiança da população nas instituições. Aponta a reforma do Código Penal como sendo um caminho.

“Hoje, ,mesmo que a pessoa seja condenada a cumprir 30 anos de prisão, ela não permanecerá apenas 1/6 da pena em regime fechado. Só no ano passado foram mais de 25 mil prisões”. Ele finaliza avaliando que investimentos também são realizados na área de fronteira justamente com o intento de coibir a entrada de entorpecentes no Estado. “Legalmente é competência da União, mas hoje 90% da droga que entra em Mato Grosso vem da Bolívia e por isso a intensificação das ações”.
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