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Quinta-feira, 09 de maio de 2024

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OPERAÇÃO ARARATH 5

Esquema investigado pela PF começou em 2008 com empréstimo de R$ 4 milhões feito a Silval Barbosa

Esquema investigado pela PF começou em 2008 com empréstimo de R$ 4 milhões feito a Silval Barbosa
Trechos da investigação da Polícia Federal que embasaram mandados de busca e apreensão expedidos pela 5ª Vara da Justiça Federal de Cuiabá, apontam que todo o esquema de lavagem de dinheiro teria começado no ano de 2008 com um empréstimo para o então vice-governador do Estado, Silval Barbosa (PMDB),  no valor de R$ 4 milhões tendo por garantia uma nota promissória de mesmo valor na qual constava como emitente e avalista Silval e o ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes. A informação é do empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, delator de um esquema que possibilitava a lavagem de dinheiro por meios de empréstimos fraudolentos, que supostamente, tinha como beneficiários, o núcleo político de Mato Grosso.  O inquérito embasou a deflagração da 5ª fase da operação Ararath, desencadeada na última terça-feira, 20, que levou a prisão do deputado José Riva (PSD) e do ex-secretário Eder Moraes.


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As empresas Globo Fomento LTDA e Comercial Amazônia de Petróleo LTDA, pertencentes a ele, eram empregadas para movimentação de contas e ‘empréstimos’, dando legalidade a valores usados compra de apoio político e campanhas eleitorais. A irrigação do núcleo é batizada pela Polícia Federal como ‘Sistema’.

Segundo o empresário, uma vez que não foi honrado o pagamento do empréstimo, ele teria procurado Eder Moraes, na Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) para realizar a cobrança da dívida. Eles mantinham um relacionamento por conta das atividades operacionais detalhadas pela PF. O empresário declara que recebeu de Eder o compromisso de quitação da dívida, mediante um depósito no valor de R$ 4.750,000,00, que seria realizado pelo escritório Tocantins de Advocacia. Ainda segundo ele, apenas parte desse montante (R$ 2 milhões) ficaria com ele já que o restante foi repassado para pessoas indicadas por Eder Moraes.
 
A Polícia Federal informa ao juiz da 5ª Vara Federal que o comprovante do depósito consta em relatório policial.
Ainda nesse contexto para o pagamento, o ex-secretário de Fazenda teria dito ao empresário Gércio que possuia um total de R$ 9,5 milhões a serem pagos pelo Escritório Tocantins, os quais seriam repassados por meio do pagamento de um precatório devido à empresa Hidrapar, que estava em uma demanda contra a Companhia de Saneamento do Estado de Mato Grosso (Sanemat).

“A parir desse primeiro empréstimo, segundo a PF, destinado a Silval Barbosa, pago com recursos públicos, teve início o que se denominou chamar de conta-corrente por meio da qual Gércio via suas empresas Globo Fomento LTDA e Comercial Amazonia Petróleo operando conjuntamente com Eder em uma instituição financeira clandestina, realizaram inúmeros outros empréstimos em favor do grupo politico, assim como transferências bancárias para fins de ocultar a origem ilícita dos recursos”, diz trecho do pedido.

Para poder coordenar todas as operações, a PF indica que nas buscas e apreensões foram apreendidos documentos com o empresário que revelam a existência de uma ‘rudimentar contabilidade’ quanto à conta corrente administrada conjuntamente por Eder, na qual constam diversos pagamentos realizados para terceiras pessoas, totalizando pouco mais de R$ 24 mi. Dentre os pagamentos citados, por meio de transferência bancária aparecem os nomes da Lince Construtora e Incorporadora no valor de R$ 2 milhões; da São Tadeu Energética no valor de R$ 388,5 mil. O dinheiro, descreve a Polícia Federal, seria usado para pagar empréstimos tomados junto ao Bic Banco. A instituição bancária é apontada pela PF como uma das envolvidas no esquema de lavagem de dinheiro e servia a propósitos do ‘ sistema’.

Eder Moraes e o deputado José Riva (PSD) foram presos durante a operação Ararath, deflagrada na última terça-feira (20). A defesa de ambos trabalha na revogação das prisões e estuda o processo. Já a defesa do governador Silval Barbosa informou que ele se pronunciará em breve sobre as acusações.

A reportagem também entrou em contato com o Tocantins Escritório e foi informada pela atendente (de nome Luciana) que não estava autorizada a repassar contatos ou emitir qualquer informação. Sem sucesso, a reportagem também tentou entrar em contato com representantes das empresas Lince (3634-8348) e com a São Tadeu Energética (3626-5990), citadas na investigação da Polícia Federal.
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