Quem buscou o Pronto-Socorro de Várzea Grande na manhã desta segunda-feira (02) se surpreendeu com a greve dos enfermeiros na unidade. Por volta das 07h, apenas 30% dos profissionais que atuam no hospital estavam trabalhando. O não cumprimento do acordo firmado entre a Prefeitura e a categoria teria sido o estopim para a deflagração da paralisação. Diariamente, o número de profissionais que atuam na unidade é de 100, portanto, a partir de hoje apenas 30 desses atuaram no PSVG.

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“Estamos há quatro anos sem aumento e no início do mês de maio nós delineamos que seria dado um aumento de 10% de forma linear mais 6% nas tabelas”, informou o presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Mato Grosso, Djalma Soares. O acordo não foi cumprido. “Os profissionais ainda receberam apenas a metade dos salários do mês de junho, que foi paga no último dia 30”, afirma o presidente.

Em entrevista ao site Olhar Direto, o secretário de Saúde de Várzea Grande, Daud Mohad Khamis Jaber Abdallah, reconheceu que houve falha na comunicação da secretaria responsável pelo pagamento das folhas. Entretanto, o secretário se diz surpreso com a paralisação dos enfermeiros, uma vez no último sábado (31) ele esteve no Pronto-Socorro Municipal para reafirmar o acordo e esclarecer que os adicionais como noturnos e de insalubridade serão pagos no próximo dia 10 deste mês.

Daud explicou que o projeto de reajuste só foi aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionado pelo Prefeito Wallace Guimarães no último dia 27, momento em que a folha de pagamento já estava fechada. Ainda de acordo com ele, o reajuste não é exclusivo dos profissionais da enfermagem e abrange todas as secretarias do município.

Faltas

No último sábado (31) o Pronto-Socorro de Várzea Grande registrou várias faltas em seu quadro de profissionais da enfermagem. As faltas surpreendeu o corpo clinico e pacientes. Por esta razão, a Procuradoria Geral do Município fará um levantamento dos profissionais faltosos para que estes prestem esclarecimentos. “A população não tem que pagar por isso, se você tem um compromisso ele deve ser cumprido”, critica o secretário de Saúde.

O presidente do sindicato da classe concordou com a punição, pois, segundo ele, a categoria tinha dado um prazo de 72 horas para o governo antes de deflagrar a greve. “Aqueles que pararam por conta própria responderão pelos seus atos”, assevera.