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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

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NADA SERÁ COMO D'ANTES

Momento prova que MT carece de líderes com credibilidade e carisma para costurar alianças elietorais

Foto: Ronaldo Pacheco / Olhar Direto

Mais do que afinidades programáticas, escolha é feita de olho no tempo de cada partido na propaganda do rádio e da TV

Mais do que afinidades programáticas, escolha é feita de olho no tempo de cada partido na propaganda do rádio e da TV

A dificuldade demonstrada pelos atuais dirigentes partidários em construir alianças para a disputa pelo governo de Mato Grosso, em 2014, expõe pelo menos três facetas da nova política regional. A reportagem do Olhar Direto conversou com líderes de diferentes partidos e correntes ideológicas sobre o imbróglio na composição política estadual.


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Primeiro, o formato de articulação das velhas raposas sucumbiu ao tempo e à necessidade cada vez maior de capital - ou caixa de campanha; segundo, os novos dirigentes não têm a mesma habilidade dos antigos, fazendo ouvidos de mercador a orientação de caciques septuagenários, como os presidentes do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, e do DEM, deputado federal Júlio José de Campos; e, terceiro, o pouco carisma dos novos líderes, com raríssimas e honrosas exceções, praticamente incapazes de hipnotizar e arrastar multidões, como o fizeram, no passado recente, Dante Martins de Oliveira e Roberto França Auad, entre outros.

Dante e França arrastavam legiões de voluntários para as suas campanhas. Em menor escala, Júlio e Bezerra tiveram momentos similares, em que eram seguidos por milhares, com um simples estalar de dedos. A maioria era composta de apaixonados por Dante e França e, lógico, pelo projeto político do líder.

E é justamente por isso que a base aliada do goverandor Silval Barbosa (PMDB), somente às vésperas das convenções, conseguiu escolher o candidato ao governo do Estado: Lúdio Cabral (PT), tendo Rogério Ferrarin (PMDB) vice e Wellington Fagundes (PR) ao Senado. Vale lembrar que a escolha pelo petista ainda não encerrou as dúvidas sobra o rumo político de toda a base situacionista. O PSD de José Riva ainda planeja lançar uma terceira via, abarcando partidos que orbitam entre a oposição e a situação. E, pelo mesmo motivo, embora seja favorito nas pesquisas, o senador José Pedro Taques (PDT) ainda está "patinando" para escolher o candidato a vice-governador e fechar sua chapa.

No primeiro critério, em que envolvem a reformulação das direções partidárias, os mais tradicionais são PMDB e DEM (antigo PFL). Carlos Bezerra está no décimo segundo mandato como presidene do PMDB e Júlio no sexto em seu DEM - incluindo-se, claro, o período do extinto Partido da Frente Liberal. Bezerra e Júlio já não são tão ouvidos com a atenção de outrora. "Seus conselhos passaram a ser vistos como meras sugestões, enquanto, antes, era como se fosse ordem", avalia um dirigente peemedebista.

Some-se a isso a necessidade de falar abertamene em dinheiro para se investir no processo eleitoral. Parcela considerável dos pré-candidatos ao governo de Mato Grosso, Senado da República, Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa sentem verdadeiros calafrios, quando tratam o tema em reuniões ampliadas. Mas as eleições estão cada vez mais caras e mais profissionais, o que torna indispensável que as campanhas tenham cada vez mais colaboradores e parceiros do caixa.

Outro emnpecilho clarividente está no fato de os novos articulares considerarem os experientes, como Júlio Campos e Carlos Bezerra, como ultrapassados. Talvez tenham parcela de razão, mas não toda: ambos têm condições de melhorar o nível do diálogo político e até mesmo estabelecer diretrizes que possam levar seus candidatos à vitória.

"Os jovens têm a mania de imaginar que somos velhos. Quase caquéticos. Sem dúvida, isso é grande um equívoco", pontuou Campos, que foi governador de Mato Grosso, prefeito de Várzea Grande, senador e está no quarto mandato de deputado federal. Júlio vai de Taques, enquanto Bezerra apostou no ex-juiz Julier Sebastião da Silva até a última hora, a quem filiou no PMDB. Bezerra agora vai de Lúdio.

Vice

No xadrez eleitoral, a escolha do partido do vice leva principalmente em conta o tempo no horário eleitoral grautito do rádio e da televisão que a aliança agreagará, na propaganda obrigatória. Neste ano, o prazo para a indicação dos candidatos, inclusive dos vices, expira no próximo dia 30.

Na oposição, as conversações mais importantes em curso envolvem o PP e PSB. Há dias o presidente do PP, deputado Ezequiel Fonseca, indicou o presidente licenciado da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja), Carlos Fávaro para vice de Taques. Pouco depois, o presidente do PSB, prefeito Mauro Mendes, indicou a deputada Luciane Bezerra para o mesmo cargo.

Para não descontentar os aliados, Pedro Taques adiou o anúncio do vice. Contudo, o que faltou mesmo foi habilidade para os dirigentes fechar o compromisso sem traumas. No fim, Fávaro foi o escolhido. 

Problema idêntico enfrentou a base aliada: PMDB, PT e PSD tinham pré-candiatos a governador. E nenhum aceitou compor. Ou um ser candidato a vice, para evitar o racha. Todos resistiram o quanto puderam, até que Lúdio convenceu a maioria e o PMDB indicou Ferrarin de vice. Por isso o PSD trama levantar uma terceira via. 

Por causa do tempo de televisão, os pré-candidatos tentam atrair o maior número de aliados formais à cada candidatura. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda não divulgou oficialmente quantos minutos cada partido terá, na campanha no rádio e na TV. Todavia, a batalha seguirá intensa até a próxima segunda-feira, dia 30.
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