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na praça Oito de Abril

Colombiano que está há sete anos viajando pela América do Sul chega a Cuiabá e 'mora' em barraca

25 Jun 2014 - 09:38

Da Redação - Isabela Mercuri e Arthur Santos

Foto: Arthur Santos

Linderman em sua barraca

Linderman em sua barraca

Trinta mil colombianos vieram para Cuiabá assistir ao jogo da seleção contra o Japão. Este motivo, no entanto, não foi o que trouxe Linderman Zamura, 44, para cá.


Morando no Brasil há dois anos e fora da Colômbia há sete, o colombiano saiu de seu país porque queria conhecer a América do Sul. Passou pelo Equador, Bolívia, Argentina e chegou ao Brasil, onde morou em Santa Maria (RS), Porto Alegre, São Paulo e Goiânia. Na manhã desta terça (24), o colombiano chegou a Cuiabá, e agora reside em uma barraca no meio da praça Oito de Abril.



Dentro da barraca, fogão e lâmpada recarregáveis são a salvação para cozinhar e para as noites. Além disso, cobertores, colchão, uma mochila e plásticos para reforçar o chão fazem parte dos pertences do novo morador.

Ele conta que é separado e tem dois filhos, um garoto de 20 anos e uma menina de 19. Ambos moram no Canadá hoje em dia, e não vêem o pai há sete anos: desde que Linderman saiu de seu país para se aventurar.

Ele ficou um ano em Goiânia, sua última cidade, antes de vir para o Mato Grosso, e conta que lá alugava um quarto com o dinheiro que recebia de seus “diversos serviços”. Na Colômbia, tinha sido segurança, taxista, e outros bicos, mas ele gosta mesmo é do comércio.



Veio para Cuiabá tentar a vida, e um dos motivos de sua escolha foi a proximidade com a Bolívia: “Queria ficar mais próximo de pessoas que falavam espanhol. Vim também por causa do mundial, pois agora tem muita gente da Colômbia aqui.”

Linderman afirma que o clima da capital mato-grossense é bom para vender bebidas, e que se arrumar emprego, talvez fique por aqui: “Eu preciso trabalhar. Quando você fica mais de três meses em um país, não tem jeito, tem que trabalhar”, diz.

Ele, na verdade, não sabe se vai ficar aqui ou se vai voltar para a Colômbia algum dia. “Eu não tenho responsabilidades, meus filhos já são grandes e recebem pensão do governo canadense. Eu vivo só para mim. Procuro viver em paz comigo e com Deus, e ficar tranqüilo. Vou vivendo”.
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