O número reduzido de profissionais na área de neuropediatria em Mato Grosso e o efetivo reduzido ligado ao MT Saúde foram fatores determinantes  para que a menina  E. F. A. do N. , de 11 anos,  - que sofria com fortes dores de cabeça, paralisação de uma das mãos e perda parcial da visão conseguisse ser atendida por uma especialista em neuropediatria - somente depois  de mais de 20 horas de espera.   A criança foi internada no dia 24 e só data seguinte conseguiu passar por uma avaliação médica.

Por meio de nota, a direção do MT Saúde – plano pelo qual a jovem é coparticipante junto aos pais – ressaltou o déficit de profissionais da área e, também, o desinteresse dos que atuam em Mato Grosso no credenciamento no plano. Atualmente só existem dois neuropediatras para atenderem todo o Estado.

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A pequena foi levada à unidade de saúde na noite desta terça-feira (24), com sintomas que indicavam problemas neurológicos, conseguiu ser atendida por volta das 20 horas de quarta-feira (25) por um especialista e já apresenta melhoras em seu quadro clinico. Segundo seu pai, cabo da Polícia Militar Elizeu Nascimento pequena passou por exames como ressonância magnética e novos exames já foram solicitados pela neuropediatra que a consultou.

O drama do policial começou quando o hospital particular em que estava internada sua filha declarou que o plano de saúde do qual ele participava não possuía contrato com nenhum neuropediatra e a única saída seria o pagamento de um exame particular que o custaria cerca de R$ 350.

“Eu não pago há mais de dez anos um plano de saúde para quando eu precisar dele não ter atendimento”, reclamou Elizeu. Elizeu ainda ressalta que o episódio só terminou depois de ter “brigada pelo direito à saúde”, na sede do plano de saúde MT Saúde, em Cuiabá.

Conforme a nota envida pelo MT Saúde, através da assessoria da presidência, Jair Marques, destacou que a criança, apesar aguardar o atendimento especializado, esteve durante todo o tempo sob os cuidados médicos desde o momento que adentrou no hospital. Ainda segundo o plano, mesmo nos casos de atendimento particular, para muitas especialidades, existe uma agenda médica e não depende de interferência do MT Saúde. “É praxe deste Instituto reembolsar os usuários, despesas médicas, ocorridas pela falta profissionais credenciados na rede”, afirma.

Confira abaixo a integra da nota enviada pelo MT Saúde.


Sobre a nota referente a falta de especialista em neuropediatria na rede credenciada do MT SAUDE, é importante afirmar, que:

a) A criança, apesar aguardar o atendimento especializado, esteve durante todo o tempo sob os cuidados médicos desde o momento que adentrou no hospital.
b) É bem verdade que não disponibilizamos na rede credenciada esse serviço especializado, dentre outras, justificado pela indisponibilidade desses profissionais no mercado, visto que no próprio CRM-MT estão registrados somente 02 Neuropediatras, os quais não tem interesse no credenciamento.
c) É importante considerar que mesmo nos casos de atendimento particular, para muitas especialidades, existe uma agenda médica e não depende de interferência do MT SAUDE.
d) É praxe deste Instituto reembolsar os usuários, despesas médicas, ocorridas pela falta profissionais credenciados na rede.

A administração deste Instituto tem mantido contato permanente com o CRM-MT na busca de solução dessas dificuldades. É bom que fique claro que as dificuldades para credenciamento de profissionais neuropediatras, pneumologistas, infectologistas, reumatologistas, neurologistas, psiquiatra, geriatra e endocrinologistas, não é exclusividade do MT SAÚDE.