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Enfermeiros entram em greve e trancam General Valle para chamar atenção

07 Jul 2014 - 10:33

Da Redação - Patrícia Neves/ Da Reportagem Local - Priscilla Silva

Foto: Priscilla Silva/ Olhar Direto

Enfermeiros entram em greve e trancam General Valle para chamar atenção
Enfermeiros que atuam na rede pública municipal entraram nesta manhã (7) em greve e protestaram em frente ao Pronto-Socorro de Cuiabá, instalada na Rua General Valle, em Cuiabá. Contrariando a determinação judicial da desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, em ação proposta pela Procuradoria Geral do Município (PGM), que considerou que a greve é ilegal, cerca de 60 pessoas participaram do primeiro ato da categoria. Com o descumprimento da determinação, a classe terá que arca com uma a multa de R$ 30 mil.


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Os manifestantes chegaram a fechar a pista por alguns minutos, o que gerou confusão para os motoristas. As avenidas General Valle, Coronel Escolástico, Fernando Correia e Diogo Ferreira tiveram o trânsito prejudicado. Apenas ambulâncias tiveram acesso livre.

A assessoria de imprensa da Secretária de Saúde de Cuiabá informou que apesar da greve, durante a manhã desta segunda-feira os atendimentos nas unidades de saúde do município não foram prejudicados.

Neste primeiro dia de greve, o Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso, Dejamir Soares, informou que 50% dos enfermeiros e técnicos plantonistas serão mantidos nas unidades de emergência como a Sala Vermelha, do Pronto-Socorro Municipal e a Unidade de Pronto-Atendimento, localizada no Bairro Morada do Ouro. Já para os demais atendimentos, apenas 30% dos profissionais atuaram.

Quanto à determinação judicial contra a greve desta segunda-feira, proferida no último sábado (05), o presidente do Sindicato, Dejamir Soares, anunciou que irá recorrer. “A juíza que deu a decisão foi induzida ao erro e nós vamos provar isso”, assevera. De acordo com o sindicato, atualmente existem hoje em Cuiabá 1.140 enfermeiros, sendo que 60% desses são de profissionais contratados.

Para por fim à greve, os profissionais solicitam que o governo municipal acate um Plano de Cargos e Carreira e Salários (PCCS) que reestruture as carreiras, principalmente a salarial. “Não estamos pedido para hoje, o que queremos é um planejamento que pode ser inserido no orçamento do próximo ano, em 2015, e ainda assim, parcelado, a prefeitura terá tempo hábil para fazer isso”, defendeu Dejamir.

Além da valorização da categoria, os profissionais também pedem por melhores condições de trabalho. “Nós carregamos a saúde pública nas costas, para você ter uma ideia, neste primeiro dia de greve não existe esparadrapos para fazer um simples curativo aqui no Pronto-Socorro, o que temos aqui é uma oficina de matar gente”, denuncia.

Reivindicação

O presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso, Dejamir Soares, ressaltou que o movimento foi adiado durante dois meses para evitar “um banho de sangue” em Cuiabá. Ele explica que o salário inicial de um médico e de um dentista é de R$ 3.500, para 20 horas semanais, porém a classe solicita que os vencimentos sejam majorados de R$ 1.740 por mês para R$ 3 mil para 40 horas semanais.

Conforme Dejamir, a contra proposta de aumento de 5%, para a classe de nível superior proporcionaria um reajuste de apenas R$ 52, enquanto para o nível técnico o valor acrescido seria de apenas R$ 30 a mais. O sindicalista também informou que o salário inicial para um técnico, nível médio é de apenas um salário mínimo R$ 722.

Ilegalidade

De acordo com liminar do Tj-MT, a ilegalidade da greve se deu pelo fato de as negociações junto ao município não terem se findado, assim como a necessidade de continuidade da prestação dos serviços públicos essenciais, "de sorte a dar guarida às necessidades da coletividade". Em seu despacho, a desembargadora também indica a criação de uma comissão que irá auxiliar nas negociações a fim de elaborar o plano de cargo, carreira e salário da categoria.

Reunião

O Executivo Municipal declarou que não é possível atender à solicitação da categoria. O pedido de intermediação da Justiça para resolver o problema partiu da Prefeitura de Cuiabá, que por meio de sua assessoria de imprensa disse ter ficado surpresa com a deflagração do movimento pelo fato de as duas partes estarem em plena negociação. A reunião foi solicitada pela Prefeitura de Cuiabá e está marcada para a próxima quarta-feira (09), às 15 horas, na Comissão de Conciliação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Atualizada às 12h08.


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