A Pastoral Carcerária de Cuiabá denuncia a ocorrência de abusos dentro da Penitenciária Central Feminina de Cuiabá, Ana Maria do Couto. Conforme o documento protocolizado na Defensoria Pública do Estado, em junho, as presas são obrigadas a tirar a roupa na frente de servidores homens, tem suas genitálias fotografadas e são atacadas com spray de pimenta.
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O documento descreve que as reeducandas são submetidas a procedimentos que “as obrigam a ficarem completamente nuas em filas, sob a luz de fortes refletores, e fazerem o conhecido agachamento”, diz trecho do documento.
Os abusos começaram a ser revelados depois da morte da detenta Rosilda Pompeo de Oliveira, de 24 anos, que morreu em maio deste ano depois de ter 70% de seu corpo queimado. A Pastoral aponta que durante a celebração de uma missa dentro da unidade prisional, algumas detentas revelaram os casos de abusos e violação de direitos humanos.
Todas as situações descritas pelas presas foram pontuadas no documento entregue à Defensoria Pública e também nos Conselhos Estadual de Defesa da Mulher, Estadual de Defesa do Idoso, e ainda no Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos
A infraestrutura da unidade também foi questionada pela entidade, dentre elas está o fechamento da creche instalada dentro do presídio. Tanto a creche quanto o espaço destinados para recepção das visitas foram desativadas para reformas, entretanto as obras encontram-se paralisadas.
Outro lado
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejhud), na tarde de terça-feira (15), representantes da secretaria estiveram na unidade para escutar os relatos das reeducandas. A assessoria informou que os dois homens que atuam na unidade somente podem atuar na segurança externa.