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Domingo, 05 de maio de 2024

Notícias | Cidades

Haitianas enfrentam dificuldades para arrumar emprego em Cuiabá

Falta de qualificação e idioma têm sido as maiores barreiras das haitianas.

Cerca de 150 mulheres passaram pela Pastoral do Migrante.

A falta de qualificação tem sido um problema para garantir emprego aos haitianos em Cuiabá, principalmente para as mulheres. Uma das barreiras enfrentadas é o idioma. A maior parte dos haitianos que vieram para a capital conseguiram emprego na construção civil, principalmente os homens por causa do serviço e também por terem mais facilidade para se comunicar do que as mulheres.

De acordo com a coordenadora do balcão de atendimento ao migrante, há quase 15 dias na Pastoral do Migrante não é ofertada nenhuma vaga de emprego para mulheres haitianas. Muitas delas que chegaram em Cuiabá há meses estão sem trabalho, como Alexandra Rivette, que antes de se mudar para a capital morava na República Dominicana. Frustrada, ela pensa em voltar para o país de origem. "Vou procurar emprego por mais dois meses, mas se não encontrar daí vou voltar", afirmou.

A minoria que conseguiu uma ocupação reclama da remuneração. Veronicka Camille trabalha como repositora de medicamentos em uma distribuidora. Ela não reclama do trabalho, mas imaginava que ganharia mais no Brasil para ajudar a família que ficou no Haiti. Para ela existe preconceito para com as haitianas.

Mas, segundo a Secretaria de Trabalho e Assistência Social, o desemprego está relacionado à dificuldade de comunicação e por elas, muitas vezes, não compreenderem as diferenças culturais e entre as leis trabalhistas do Brasil e do Haiti.

"O maior gargalo dessas haitianas no mercado de trabalho hoje é, além da falta de qualificação, é a comunicação mesmo", disse Célia Borges, secretária de Emprego e Assistência Social.

Vanel Péricles trabalha como auxiliar de serviços gerais em uma empresa. disse. Já Pierre Michel Joseph fez dois cursos, de pedreiro e de instalação de cerâmica. Teve alguns empregos. No momento não está trabalhando e disse que a oferta de empresa diminuiu após a Copa.

A Pastoral do Migrante que apoia os estrangeiros com moradia, comida e faz a intermediação entre os haitianos e o mercado de trabalho também oferece aulas de português, mas a frequência das haitianas na aula é baixa. De julho do ano passado até agora, passaram pela pastoral 1.500 haitianos. Destes, cerca de 10% eram mulheres, número relativamente baixo, mas menos ainda foi o número daquelas que conseguiram emprego, apenas a metade.

Conforme a coordenadora do balcão de atendimento da pastoral, Marilete Mulinari Girardi, falta capacitação profissional. 'Elas quase não falam português e normalmente essas empresas que ofertam vagas precisam mais de homens e de força masculina para o trabalho", pontuou.
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