A construção da Arena Pantanal para a Copa do Mundo de 2014 não teve nem um centavo de dinheiro da iniciativa privada investido. Segundo o balanço final publicado na matriz de responsabilidade do Mundial de 2014, o custo da maioria dos estádios erguidos para a competição ficou 20% maior do que o planejado inicialmente.
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Segundo o balanço, a construção da Arena Pantanal consumiu R$ 596,4 milhões. A previsão inicial era que o estádio custaria R$ 591,1 milhões. Do total, R$ 258,5 foram gastos pelo governo local e R$ 337,9 vieram de financiamento federal fornecido pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento).
Portanto, nem um centavo da construção do estádio mato-grossense foi fornecido pela iniciativa privada. Outro que consumiu apenas dinheiro dos cofres públicos foi o Estádio Mané Garrincha, de Brasília (DF). O governo do Distrito Federal empregou R$ 1,4 bilhão, o que representa o valor integral da obra.
Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal (RN), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA) também tiveram suas obras custeadas integralmente com recursos públicos. O estádio da Arena da Baixada, em Curitiba (PR), que custou R$ 391,5 milhões, foi o único que teve a maior parcela de investimento feito pela iniciativa privada (R$ 260,3 milhões).
Estes números contradizem a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que afirmou, após a escolha do país como sede da Copa do Mundo de 2014, que disse que a maior parte dos investimentos seria feito pela iniciativa privada. Confira no fim da matéria o gráfico feito pelo jornal
Folha de S. Paulo:
Apesar de já ter recebido diversos jogos, a Arena Pantanal ainda não foi entregue pela empresa Mendes Júnior, responsável pela obra, para o Governo do Estado. Alguns pontos do estádio ainda necessitam de acabamento. Outros, como os elevadores do local, precisam ser reparados.
O estádio recebeu partidas de todas as divisões do Campeonato Brasileiro de 2014, Copa do Mundo de 2014, Copa do Brasil, além de um amistoso internacional. Porém, não escapou de diversas críticas, principalmente da imprensa nacional. Problemas como: falta de limpeza e de água, elevadores sem funcionar, sujeira no entorno da Arena, entre outros foram detectados no local.
De acordo com o Diagnóstico de Governo, realizado pela equipe do governador eleito Pedro Taques (PDT), o entorno não está concluído e a manutenção é falha e insuficiente. Além disto, os sistemas também não estão integrados e há depredação evidente do espaço.
O alto custo com a manutenção do Complexo da Arena Pantanal, de aproximadamente R$ 700 mil por mês, foi um dos motivos para que o ex-governador Silval Barbosa iniciasse o processo de concessão do estádio. Vale lembrar que segundo o estudo de Taques, Mato Grosso terá R$ 1,7 bilhão em dívidas.
