Com 22 mil alunos, a  Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) está com telefone e internet cortados, com os pagamentos da conta de luz e dos serviços terceirizados atrasados há um e três meses, respectivamente, e sem pagar o fornecedor de alimentos. A situação, de acordo com assessoria do governo do Estado, foi exposta  pela nova reitora, Ana Maria Di Renzo, o vice-reitor, Ariel Lopes, e a equipe da gestão da Unemat ao secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques.

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Os dados trazidos pela reitora e equipe mostram que a Unemat deveria ter recebido um repasse de R$ 3,1 milhões em dezembro. Desse montante, apenas 700 mil reais chegaram à universidade, valor suficiente apenas para pagar os bolsistas e estagiários. 

“Temos 200 alunos chegando de todos os lugares do Brasil na próxima semana, com passagens já compradas pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Precisamos encontrar uma forma de pagar essas dívidas para receber esses alunos da melhor maneira possível”, destacou o vice-reitor.
 
O secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, explicou que a educação é uma das prioridades do governador Pedro Taques e que tudo será feito para resolver as pendências e viabilizar o início das aulas do Ensino Superior Indígena.
 
A reitora Ana Maria contou que a Unemat possui 22 mil alunos. O custo anual para cada aluno é de 10 mil reais, valor abaixo da média das outras universidades estaduais, de R$ 17 mil. “Queremos mostrar a Mato Grosso o tesouro que é a Unemat. Nossa gestão também começa agora e estamos trabalhando com metas de planejamento e de divulgação das nossas ações”.
 
Ainda conforme a assessoria, o secretário Paulo Taques informou que a Casa Civil passará a ter uma pessoa para atender somente as demandas da universidade e ajudar com os diálogos com todos os outros órgãos. “Queremos dar à Unemat o mesmo espaço para diálogo que teremos com o poder Legislativo, Judiciário e Municípios”, frisou.