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Sábado, 18 de maio de 2024

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Em apenas 16 dias, Marinha registra sete óbitos decorrentes de afogamento

Foto: Wesley Santiago - Olhar Direto

Em apenas 16 dias, Marinha registra sete óbitos decorrentes de afogamento
A Marinha do Brasil registrou em apenas 16 dias do ano de 2015 sete ocorrências de afogamento com óbitos no Estado. Os números foram divulgados na sexta-feira (16) pelo Delegado Fluvial de Cuiabá, Capitão-de-Corveta Alessandro Anilton Maia Nonato, que considera o número assustador. Em 2014 foram registrados 156 casos em Mato Grosso.


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“Isto é um número assustador. Já começamos a ficar preocupados com o ano de 2015. O ano mal começou e sete pessoas já morreram, ao longo de 2014 tive nove inquéritos. Em apenas 16 dias, já tive dois e isso é algo temerário. Mais de 130 embarcações foram abordadas pela Marinha, o que dá ai cerca de 10 embarcações por dia”, afirmou o delegado.
 
O tenente do Corpo de Bombeiros, Janisley Teodoro, revelou que no ano de 2014 foram registradas 156 ocorrências de afogamento. Na região de Cuiabá foram 27 ocorrências, enquanto que na região de Várzea Grande foram 21. No ano de 2013, as autoridades registraram 88 ocorrências.
 
O tenente ressalta ainda que: “o nosso sistema de estatística ainda não diferencia o que é óbito, do que é salvamento. A temperatura alta que tivemos em 2014 e a baixa umidade do ar, leva as pessoas para os rios, o que causa um aumento nestas ocorrências. De julho a outubro, época da seca, foi quando mais registramos os afogamentos”.
 
Para evitar que este número continue a aumentar, o Capitão-de-Corveta disse que: “Já determinei uma ação mais contundente, não só no lago do Manso, mas também em Barão de Melgaço e Santo Antônio do Leverger. Pedi para serem rigorosos na fiscalização. A pessoa que não usa o colete salva vidas, ela se coloca em risco, é como se fosse um kamikaze”, exemplifica.
 
“A fiscalização é intensa. Existe um disque denúncia da Marinha do Brasil, que é o número 185. A população deve informar estes acidentes, problemas e denunciar o que tiver de errado. A preocupação da Marinha é orientar e educar para que estas consequências danosas não ocorram”, acrescenta o delegado.
 
A Marinha tem aproximadamente 65 militares que são especializados na área. São 35 em Cuiabá e 15 em Cáceres. Além disto, há outros 15 em São Felix do Araguaia. “Três novas unidades devem ser construídas em Juruena, Sinop e Alta Floresta por conta da hidrovia Teles Pires-Tapajós. Precisamos orientar e educar para prover maior segurança”, argumenta o delegado.
 
O capitão ainda revela que mais de 25 mil pessoas são habilitadas para conduzir embarcações no Estado de Mato Grosso: “A Marinha busca junto com o Corpo de Bombeiros essa fiscalização. Não há um dia em que não realizamos esta verificação das embarcações. Ano passado, praticamente todos os municípios foram visitados por nós”.
 
Por fim, o delegado ressalta que vários acidentes podem ser evitados se houver precaução: “o homem, que estava com o jovem que morreu há alguns dias no lago do Manso após o barco virar, ficou se lamentando e perguntou porque todos não estavam com coletes salva vidas. É algo que poderia ter sido evitado”.
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